quarta-feira, 31 de julho de 2013

Abismo das diferenças fica menor na RMC.

Apesar de ainda ter cidades em extremos opostos no IDH-M, a Região Metropolitana de Curitiba melhorou em qualidade de vida na última década.
Embora tenha municípios em condições econômicas e sociais opostas, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) viu a desigualdade entre as 29 cidades que a compõem diminuir ao longo da última década. Enquanto 18 dessas cidades possuíam um Índice de Desenvolvimento Municipal (IDH-M) considerado baixo ou muito baixo em 2000, em 2010 o número de municípios nesta faixa diminuiu para três. Por outro lado, o número de cidades com IDH-M médio ou alto na região chegou a 25 em 2010, mais do que o dobro do verificado dez anos antes.
A melhoria nestes indicadores foi mais evidente justamente nas cidades que, há dez anos, apresentavam os piores registros. Na RMC, dos dez municípios que mais evoluíram no IDH, seis estão na região conhecida como Vale do Ribeira. Mesmo assim, a RMC continua foco de distorções: enquanto Curitiba lidera o ranking do IDH-M no estado, Doutor Ulysses, que também integra a região, permanece em último lugar.
Para a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), a grande extensão da RMC cria dificuldades para um desenvolvimento ainda mais homogêneo. O coordenador-geral da Comec, Rui Hara, no entanto, indica como avanços a recente instalação de empresas da indústria cimenteira em Adrianópolis, uma das cidades com IDH-M mais baixo da região metropolitana, e o anúncio da duplicação de 28 quilômetros da Rodovia dos Minérios, que liga Curitiba, Almirante Tamandaré, Itaperuçu e Rio Branco do Sul – a previsão é que o trecho, considerado um dos principais gargalos da RMC, receba as obras a partir de maio do ano que vem.
Por outro lado, a falta de estrutura e mão de obra nestes municípios ainda é vista como empecilho para a vinda de investimentos da iniciativa privada – 9 das 10 cidades com os piores IDH-M da região são de pequeno porte, não chegando à marca de 20 mil habitantes. Para o economista João Basilio Pereima, o fim do ciclo de crescimento econômico que impulsionou melhorias em todo o país na última década pressiona os pequenos municípios, que agora precisarão evoluir com as “próprias pernas” – ou contar com políticas públicas direcionadas para cada local. “Para quem está atrás na corrida e precisa avançar em muita coisa, o mínimo que se faça já surte efeito. Mas agora, como o crescimento econômico está interrompido, é provável que a melhora no IDH ocorra num ritmo mais lento”, reforça.
Educação
Entre as cidades que mais avançaram no IDH-M na RMC, as melhorias mais expressivas foram verificadas na área de educação. No entanto, este era justamente o indicador em que os municípios estavam mais defasados. O índice de educação em Tunas do Paraná, por exemplo, era de apenas 0,189 em 2000 e passou para 0,444 em 2010, permanecendo na faixa considerada muito baixa.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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