Teste ocorre em meio à expectativa por uma intervenção militar norte-americana na Síria por conta do suposto uso de armas químicas pelo regime de Bashar al Assad.
Os dois mísseis detectados nesta terça-feira (3) por radares russos no Mar Mediterrâneo oriental, onde se localiza a Síria, correspondem a um ensaio militar conjunto realizado pelos Estados Unidos e por Israel, informou uma fonte do Ministério de Defesa israelense à agência oficial russa RIA-Novosti.
"Os lançamentos foram efetuados como parte dos ensaios conjuntos com os Estados Unidos. Os mísseis foram lançados do mar Mediterrâneo e foram, com sucesso, seguidos pelos radares em território de Israel", disse a fonte para a agência russa.
Anteriormente, o Ministério de Defesa da Rússia informou que seus radares detectaram o lançamento de dois "objetos balísticos" do Mediterrâneo central em direção à zona oriental deste mar.
"Os lançamentos foram testes dos mísseis usados como alvos para verificar a capacidade do sistema de defesa antimísseis", acrescentou o porta-voz militar israelense.
O Ministério da Defesa de Israel confirmou que realizou nesta terça-feira, em colaboração com os Estados Unidos, uma prova com um novo míssil no Mar Mediterrâneo.
Segundo o Ministério da Defesa russo, o lançamento dos foguetes foi detectado às 10h16 locais (3h16 de Brasília) pelos radares situados no litoral russo do Mar Negro.
Antes da confirmação, analistas russos sugeriram que os mísseis tinham sido lançados de navios dos Estados Unidos para comprovar as condições meteorológicas na costa da Síria. No entanto, a Marinha norte-americana afirmou, por meio de um porta-voz, que não realizou disparos na região.
A Síria pode ser atacada por uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos depois que o presidente americano, Barack Obama, anunciou que castigará com uma limitada ação armada o regime de Bashar al Assad por usar armas químicas contra a população civil.
Obama disse que o ataque poderia ser lançado a qualquer momento, apesar de ter manifestado a intenção de se dirigir ao Congresso dos Estados Unidos antes de intervir no país árabe.
Fonte: EFE/Reuters
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