sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Em caso parecido com o de Amarildo, caseiro de Piraquara está desaparecido desde maio.

Edenilson Rodrigues, de 26 anos, teria sido retirado de casa à força por agentes da Polícia Militar, segundo a família.
A delegacia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, investiga o desaparecimento do caseiroEdenilson Murillo Rodrigues, de 26 anos. O homem foi visto pela última vez no dia 21 de maio deste ano, na chácara onde morava com a esposa e os filhos. Os parentes alegam que o rapaz foi retirado de casa à força por agentes da Rondas Ostensivas de Natureza Especiais (Rone), da Polícia Militar (PM).

Segundo a mãe de Edenilson, Marineusa Rodrigues, duas viaturas com cerca de oito policiais no total chegaram à casa onde ele morava por volta das 22h30 da noite do dia 21, a partir de uma suposta denúncia de que haveria drogas no local. Os policiais teriam agredido Edenilson e permanecido no local por quase duas horas, levando o homem embora pouco depois da meia-noite, segundo a versão de Marineusa. Ela não morava na casa, e recebeu o relato do fato pela esposa de Edenilson.

Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado no dia 24 de maio pela delegacia de Piraquara - três dias depois do sumiço do rapaz, portanto. A mãe de Edenilson alega também ter procurado o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP-PR). A reportagem não conseguiu confirmar, até o início da noite desta quinta-feira (12), se o Gaeco também investiga o desaparecimento.

Afastados
Na última terça-feira (10), a PM informou que os policiais suspeitos de envolvimento no caso foram afastados temporariamente, enquanto correm as investigações. Além da Polícia Civil, a Corregedoria da PM também acompanha o caso.

O coronel Roberson Bondaruk, comandante da PM, informou que uma investigação foi aberta para apurar a eventual responsabilidade de policiais militares. Esse procedimento tem prazo de 30 dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado de acordo com a necessidade da investigação.

Bondaruk preferiu não revelar os nomes dos policias envolvidos no caso, nem mesmo a quantidade ou a lotação deles. Segundo o coronel, no processo há PMs arrolados como suspeitos e outros como testemunhas. “A linha que separa uma condição da outra é tênue e isso poderia provocar injustiças com quem tiver sua inocência comprovada”, justificou o comandante da PM.
Amarildo
O caso de Edenilson lembra o do pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 47 anos, que está desaparecido desde o dia 14 de julho no Rio de Janeiro. A suspeita é que policiais militares estejam envolvidos no sumiço dele.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

Nenhum comentário: