sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bancários aprovam greve a partir do dia 19 na Região Metropolitana de Curitiba.

Decisão foi tomada em assembleia na noite desta quinta-feira (12). Paralisação deve afetar agências de Curitiba e Região Metropolitana.

Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região aprovou, nesta quinta-feira (12), a realização de uma greve a partir da 0h da quinta-feira da semana que vem (19). A decisão foi tomada em assembleia da categoria que reuniu mais de 400 participantes. Agências da capital e de municípios da RMC devem aderir à paralisação. Segundo o diretor do sindicato, Junior Cesar Dias, ainda não há data agendada para uma nova rodada de negociação com os banqueiros. “Esperamos que eles tenham sensibilidade e nos chamem para negociar”, disse.
Entre as reivindicações da categoria, estão pedidos de maiores condições de trabalho; reajuste de 11,93% sobre os salários; constituição de um grupo de trabalho para analisar a causa de afastamentos; e maior número de contratações.
A reportagem tentou contato com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa os banqueiros, mas não obteve resposta até as 20h30.
Bancários fazem assembleia em todo o país
Bancários de todo o País fazem assembleias no início da noite desta quinta-feira para votar a proposta de reajuste apresentada até o momento pela Fenaban. Se os trabalhadores seguirem a orientação do Comando Nacional dos bancários pela rejeição da proposta, podem paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (19). Até as 20h45, não há informações sobre as assembleias de outros estados.
"Eles fecharam a porta de negociação. Nós fizemos um calendário para todo o País. A Fenaban tem até o dia 18 para apresentar outra proposta", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que controla o Comando Nacional, Carlos Cordeiro.
A proposta de reajuste apresentada pela Fenaban é de 6,1%, o que segundo Cordeiro, apenas recompõe as perdas da inflação no período, pelo INPC. "Não temos outra alternativa. Não sairemos sem aumento real", disse o presidente da Contraf. O pedido dos bancários é de reajuste salarial de 11,93%, o que representa aumento real de 5%. O Comando Nacional dos bancários congrega 10 federações e 143 sindicatos e representa 95% dos quase 500 mil bancários do País.
Além do reajuste, os bancários pedem, na pauta econômica, participação nos lucros e resultados igual a três salários mais R$ 5.553,15, piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês.
Os trabalhadores pedem também melhores condições de trabalho, fim das demissões, plano de cargos e salários, auxílio educação e prevenção contra assaltos e sequestros, entre outros. "Há muitas demissões, sobrecarga de trabalho e a questão das metas, que tem gerado um adoecimento gigantesco da categoria", comentou a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
"A proposta da Fenaban não muda nada nas condições de trabalho e ainda traz zero de aumento real. Até dia 18 eles podem chamar o Comando e mudar a proposta", comentou Juvandia. Dia 18, próxima quarta-feira, os bancários realizam uma nova assembleia para organizar a possível greve. É a última oportunidade para os sindicatos apresentarem à categoria uma nova proposta dos banqueiros.
No ano passado, os banqueiros apresentaram proposta de reajuste linear de 6%, com menos de 1% de aumento real. Os bancários fizeram greve por nove dias, até que conquistaram reajuste de 7 5% com aumento real de 2%. O pedido inicial também era por 5% de ganho salarial além da inflação.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo/Agência Estado

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