Campanha da associação do setor, Abap, entra em uma segunda fase, dando ênfase aos benefícios que uma propaganda bem feita pode trazer.
Divulgação
Campanha da Alakazoo. Nome da marca de roupas virou mote para passe de mágica que pode mudar o mundo
A legislação sobre o tema é bastante abrangente. E extremamente difundida. Renato Cavalher, vice-presidente de criação do Grupo OM Comunicação Integrada, lembra que nada pode ser oferecido diretamente para a criança. Então, como desenvolver uma campanha eficiente para o público infantil? Para Cavalher, “uma campanha eficiente é aquela que convence os pais sobre as qualidades de determinado produto ou serviço para seus filhos e, ao mesmo tempo, não gera rejeição por parte das crianças”.
Um dos clientes da Opus é a Alakazoo, a marca infantil do Grupo Lunelli, de Guaramirim (SC). O vice-presidente de criação explica que o conceito da campanha se vale da expressão que dá nome à marca. É uma onomatopeia que se refere ao ato de realizar um passe de mágica. “Usamos isso para associar às boas atitudes que mudam a sociedade para melhor”, diz ele. Além de apresentar as novas coleções, as campanhas ensinam aos pais e aos filhos alguns ‘truques do bem’, como transformar sucata em brinquedo e cascas de legumes em refeições saudáveis.
Mas apesar de toda a preocupação com os efeitos da publicidade mal feita para as crianças, ainda há quem insista em campanhas que vão contra o bom senso. Cavalher conta que a Opus já teve de contestar o briefing de um ex-cliente, que pedia que fossem colocadas crianças posando com postura de modelos adultas em anúncios. “Ele desconsiderou nossa recomendação e só executamos a campanha depois de ele assinar um documento assumindo a responsabilidade pelas eventuais consequências negativas. Mesmo assim, conduzimos a sessão de fotos de modo a reduzir ao máximo o nível de sensualidade das modelos mirins”, conta ele.
Histórico
Crianças ganharam mais espaço após a Segunda Guerra
O público infantil foi descoberto como mercado consumidor há muito tempo. Rodrigo Rodrigues, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná (Sinapro-PR), lembra que foi lá no início do século 20 que as lojas entenderam o poder de influência das crianças sobre as compras e começaram a organizar seções infantis, que até então eram inexistentes. “Logo na sequência foi estabelecida uma comunicação para divulgar esse fato, principalmente em jornais”. Para Rodrigues, foi depois da Segunda Guerra Mundial que a publicidade para o público infantil ganhou mais força, com o segmento de brinquedos.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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