Em apresentação de gala, Furacão conta com o artilheiro Éderson inspirado para eliminar o Palmeiras e chegar às quartas de final.
Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Acompanhado por Dellatorre e Léo, Éderson comemora o seu primeiro gol no confronto de ontem, em lance de oportunismo dentro da área palmeirense
O Atlético de Vagner Mancini alcançou a maioridade ontem, na Vila Capanema. Impecável, o time fez mais do que o necessário para eliminar o Palmeiras e avançar às quartas de final da Copa do Brasil. No embalo da torcida, a vitória por 3 a 0 foi comandada pelo artilheiro Éderson – autor de dois gols – e pelo veterano Paulo Baier, mas, principalmente, sustentado por um conjunto guerreiro, que não hesitou em momento algum.
A defesa foi irretocável, como precisava ser. Os volantes marcaram muito, ajudados pelos laterais. A dedicação total foi, novamente, o diferencial atleticano. “Vocês não imaginam como eles chegaram ao vestiário. Dava impressão de um exército que tinha voltava de uma batalha. Esse esforço todo tem de ser exaltado”, elogiou o técnico Vagner Mancini. “Foi perfeito. Sinto orgulho por fazer parte de um grupo que, independentemente da circunstância está correndo. Você olha e vê o Baier correndo, não sei de onde o velhinho acha tanto fôlego”, resumiu o goleiro Weverton.
Rubro-Negro e Porco entraram em campo com propostas nitidamente opostas. Enquanto o visitante começou com dez homens atrás e fazia uso da mínima vantagem conquistada na primeira perna do confronto, na semana passada, o dono da casa tomou a iniciativa.
Apesar do risco que o contra-ataque representava, foi necessário paciência para tentar furar o bloqueio palmeirense. Mesmo sem resultado prático na primeira meia hora de jogo, a pressão atleticana continuou.
E coube ao artilheiro Éderson encaminhar a classificação. Depois do lateral cobrado, o camisa 77 se contorceu para acertar um belo chute que encobriu Fernando Prass e abriu o placar (34/1.º).
A postura do Palmeiras mudou depois de sofrer o gol. Antes retrancado, a equipe de Gílson Kleina precisou se abrir para evitar que a decisão fosse para os pênaltis.
O segundo gol saiu em um lance rápido, após Éderson chutar e Baier completar para a rede, para desespero do rival (21/2.º). Treze minutos depois foi Marcelo quem puxou o contragolpe para Éderson, que no minuto anterior desperdiçou chance clara, ‘voltar ao normal’ e marcar seu 14.º gol na temporada. Pela primeira vez em quatro duelos de mata-mata, o Furacão eliminou o Porco.
“A atitude dos jogadores é um fenômeno. Todo mundo tem carinho, respeito pelo outro. Vamos caminhando devagar. Quem sabe lá na frente não tem surpresas”, fecha Baier, que está fora do jogo de sábado, quando o exército rubro-negro enfrenta o Náutico, fora de casa, pelo Brasileiro.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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