Dono da camisa 1 do Coritiba, goleiro mostra enorme capacidade de superar os erros individuais e dar a volta por cima rapidamente.
Antônio More / Gazeta do Povo
Com três pênaltis defendidos ante o Vitória, Vanderlei recuperou o prestígio com a torcida
O coxa-branca Vanderlei faz parte de um seleto grupo de goleiros brasileiros em atividade que são muito identificados com um clube. De todos da Série A do Brasileirão, por exemplo, ele é o quarto que mais defendeu a mesma camisa, ficando atrás somente de Rogério Ceni (São Paulo), Fábio (Cruzeiro) e Jefferson (Botafogo).
Até agora são 226 jogos pelo Coritiba desde 2007, quando foi contratado do Paranavaí após o Paranaense – ele só tem menos jogos que Jairo (mais de 400) e Hamilton (233) pelo Alviverde. De lá para cá, mesmo nos vários períodos em que foi reserva de Édson Bastos, esteve presente nos principais momentos da equipe, como os dois títulos da Série B e o tetracampeonato estadual. Sem contar os dois vices da Copa do Brasil.
“Quanto mais tempo um goleiro consegue se manter na equipe, vai criando esse relacionamento e a dedicação vai ao extremo. Por isso eu o coloco no mesmo rol do Marcos [do Palmeiras] e do Rogério Ceni. Eles se identificam e deixam a vida em campo”, comentou o preparador de goleiros do Coxa e da seleção brasileira, Carlos Pracidelli.
Como é a vida de todo arqueiro, Vanderlei tem seus altos e baixos. Dos 251 gols sofridos no Coxa, inevitavelmente alguns foram decorrentes de falhas pessoais, inclusive o gol da partida de ida da Sul-Americana contra o o Vitória.
Mas na conta também entram todas as vezes que evitou o gol adversário. E não foram poucas. Só nesse Brasileirão, por exemplo, realizou 65 defesas – é o arqueiro mais acionado do campeonato. Sem contar as disputas de pênaltis. Na mais recente, anteontem, ele defendeu três cobranças do time baiano e garantiu a vaga nas oitavas de final do torneio continental.
Essa rápida volta por cima é uma das qualidades que Pracidelli destaca em Vanderlei. “Depois daquele jogo conversamos e falei que ele não foi o primeiro e não seria o último a ser surpreendido. Mas de imediato ele se recuperou, mostrou poder de reação. Isso o faz um grande goleiro”, seguiu o preparador, que diz acreditar que o goleiro tenha capacidade técnica de defender a seleção. O que falta, segundo ele, é um título de grande expressão para o camisa 1 e para o Coritiba.
Vanderlei está com 29 anos e provavelmente tem muito tempo de carreira pela frente, ainda mais para a posição de arqueiro, que tende a ser mais longa. E quem vem na sombra dele aguarda uma oportunidade para substituí-lo. É o caso de Vaná, de 22 anos, atual reserva imediato. Enquanto essa chance não vem, ele tenta absorver tudo o que pode do companheiro de meta.
“Ele é um grande profissional, uma pessoa que levo como espelho. Ele é muito trabalhador, é um jogador de grupo, é correto. Ele é um ídolo e tenho muito o que tirar dele para quando a minha hora chegar”, comentou Vaná.
Alviverdes
Desfalques
O técnico Marquinhos Santos vai precisar fazer pelo menos duas alterações forçadas na partida contra o Internacional, no domingo, às 16 horas, no Couto Pereira. O lateral-esquerdo Diogo está suspenso, o meia-atacante Vítor Júnior não pode enfrentar o time gaúcho por força contratual – ele foi emprestado pelo Colorado. No lugar deles entram Iberbia e Alex, respectivamente.
Promoção
O Coritiba vai manter o desconto nos ingressos para os sócios-torcedores da modalidade Torcedor Coritiba para a partida diante do Internacional. Os preços ficam em R$ 35 para a arquibancada e R$ 45 para a Mauá.
Adversário
O Coritiba vai enfrentar o Itagüi, da Colômbia, na fase internacional da Sul-Americana. A vaga colombiana saiu ontem no empate sem gols com o uruguaio River Plate, em Montevidéu. No jogo de ida, em casa, o Itagüi vencera por 1 a 0.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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