quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Marchioro previa melhor resultado na estreia adulta.

Apesar do recorde sul-americano, nadadora curitibana confessa nervosismo e lamenta não ter alcançado uma final no Mundial em Barcelona.

Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Daniel Castellano / Gazeta do Povo / Alessandra Marchioro ficou na 24.ª posição nos 50m livre no Mundial de Barcelona
Alessandra Marchioro ficou na 24.ª posição nos 50m livre no Mundial de Barcelona
“Achei que iria nadar melhor”, resume a nadadora Alessandra Marchioro sobre sua estreia em um campeonato mundial adulto. A atleta desembarcou ontem em Curitiba, depois de disputar três provas no Mundial de Barcelona, no qual o Brasil terminou em 7.º lugar, com dez medalhas (três de ouro, duas com Cesar Cielo e uma com Poliana Okimoto).
Apesar de comemorar o recorde sul-americano batido no revezamento 4 x 100 m livre (3min41s5) fechando a prova com o melhor tempo do quarteto formado por ela (55s17), Larissa Oliveira, Daynara de Paula e Graciele Hermann, a curitibana conta que esperava um melhor desempenho nos 50 m livre, sua principal prova. “Saí brava da piscina. Se tivesse repetido meus melhores tempos, poderia conseguir ao menos uma semifinal”, conta. Ela terminou a prova em 25s68, o que lhe rendeu apenas a 24.ª posição, deixando a competição na fase eliminatória. Seu melhor índice pessoal, quase um segundo a menos (24s76), lhe garantiria o sétimo lugar no Mundial.
“Como eu já não tinha nadado muito bem os 100 m livre [terminou em 32.º lugar] e já tinha nadado o revezamento, fui mais na raça, com sentimento de dar o melhor tempo da minha vida, estava com a cabeça tranquila... Talvez tenha ficado um pouco nervosa, mas vi que sou alta e forte como as melhores do mundo. Fiz a prova muito bem feita, mas, na hora que precisei encaixar a perna, senti o joelho, que falhou”, conta. A nadadora de 20 anos está com um edema ósseo no joelho esquerdo, que vinha sendo tratado por sua equipe médica antes de embarcar para a Espanha.
A lesão terá de esperar mais alguns dias antes de receber atenção exclusiva de Alessandra: na próxima semana ela compete o Troféu José Finkel, em São Paulo. “Cheguei a cogitar não disputar o Mundial, mas quis ir mesmo com esse problema. Estamos tentando controlar a situação”, conta.
Apesar de terminar a competição aquém do planejado, o saldo é positivo, afirma. “Saí do Brasil sabendo que podia nadar muito bem ou muito mal. Talvez a equipe já esperasse algo assim. Ainda assim, foi uma experiência única compartilhar das vitórias do Cielo, os resultados do Thiago Pereira, e ver que um dia posso estar no mesmo patamar. Ver que esses nadadores não são super-heróis, mas pessoas normais que se dedicam muito ao que fazem”, diz.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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