Titular pela primeira vez no Nacional, armador marca dois gols e dá o passe para mais um no triunfo por 5 a 3 sobre a Ponte Preta.
Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O meia Alex garantiu de falta o terceiro gol do Coritiba, que abriu o caminho para a virada definitiva no placar do Couto Pereira
Desde o começo da partida, a torcida alviverde não tinha a mínima ideia de como poderia terminar o enredo, se para o bem ou para o mal. Sorte que, enquanto a defesa atravessava uma noite para ser esquecida, como mostrou no gol de William logo aos três minutos, os jogadores de meio de campo estavam inspirados. Em especial Lincoln, que começou pela primeira vez uma partida neste Nacional, marcou dois gols (23/1.º e 13/2.º) e ainda deu o passe para Robinho fechar a contagem.
Lincoln ditou o ritmo do duelo. Como recompensa, ouviu seu nome gritado pela torcida na mesma intensidade que o do ídolo Alex. Resultado da partida acima da média que o camisa 99 fez. “Acho que eu posso ter feito outras partidas como essa desde que cheguei ao Coritiba [em janeiro de 2012]. Mas nessas partidas que joguei muito bem, empatamos ou perdemos. Dessa vez fui coroado com a vitória”, comemorou.
Atuação que serviu para derrubar um quase mito de que ele e Alex não podem jogar juntos. A prova contrária surgiu ontem. “Não sei de onde veio isso, até porque ainda não tínhamos começado um jogo juntos. Mas sou consciente de que depende muito das circunstâncias da partida e do adversário”, analisou.
Alex, aliás, apontou o companheiro como o melhor do jogo. Não sem que ele mesmo tivesse participação decisiva na vitória. De falta, fez o terceiro do coxa-branca, aos 3 minutos da segunda etapa – logo após o Alviverde ter cedido a virada nos gols de Baraka (1/2.º) e William (3/2.º).
Bom para o Coritiba que a inspiração não estava apenas nos pés de Alex e Lincoln. Mais quieto, fora do foco, Robinho voltou a ter uma boa atuação, o que não ocorria desde o Paranaense, quando foi um dos destaques da equipe tetracampeã estadual.
Ontem, acabou premiado com dois gols (aos 26/1.º e 46/2.º). Mesmo assim, preferiu fugir dos holofotes. “O importante é voltar a vencer dentro de casa. Já tinham começado a duvidar do time, mas continuamos com condições de título”, disse.
Marquinhos Santos exalta o poder de reação do Alviverde
A vitória por 5 a 3 sobre a Ponte Preta, ontem, não escondeu os problemas defensivos do Coritiba. Cedendo três gols ao adversário, precisou correr atrás do placar novamente, o que tem se tornado comum ao Alviverde. Foi assim contra Vitória (1 a 1), Santos (2 a 2), Flamengo (2 a 2) e Atlético-MG (2 a 1).
Situação que deixou o goleiro Vanderlei na bronca depois da partida. “Não podemos errar tanto. Esse tipo de coisa não pode acontecer contra equipes como o Cruzeiro e Grêmio [próximos adversários, ambos fora de casa]. Temos de ficar mais atentos”, reclamou o arqueiro, que levou os três gols do time paulista praticamente cara a cara, sem marcação.
O técnico Marquinhos Santos reconhece os erros, mas os justifica pelo fato de o time ainda estar em evolução. Ele, aliás, prefere ver o lado positivo. Para o treinador, são as reações que têm moldado esse Coxa versão 2013.
“Mostra a força do grupo. Esse correr atrás significa que estamos maduros e bem fisicamente. É impressionante conseguirmos sair atrás e ter de buscar o placar. Conquistamos isso e a cada rodada nos tornamos mais fortes”, disse.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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