Documento datado de 25 de janeiro de 1932 contém uma espécie de ata que registra a colocação da estátua no local. Moeda de 100 réis também estava dentro do objeto.
Um manuscrito e uma moeda foram encontrados dentro da garrafa que foi achada aos pés da estátua de Tiradentes, na praça de mesmo nome, no Centro de Curitiba. O documento continha uma declaração que apontava para um deslocamento da estátua do local onde foi colocada inicialmente para onde ficou até os dias de hoje. Entre as pessoas que assinam a espécie de ate está o autor da escultura, João Turin.
A abertura ocorreu nesta quinta-feira (1º), no ateliê João Turin, em Almirante Tamandaré, região metropolitana. A entidade faz um trabalho de recuperação de toda a obra do artista, na qual está incluída a estátua da praça do marco zero da capital. Apenas jornalistas participaram da abertura, que foi alvo de grande expectativa nos últimos dias. Desde seu encontro, a garrafa mobilizou inúmeros palpites – a maioria em tom de brincadeira – sobre o que havia dentro do recipiente.
A garrafa foi encontrada no último dia 25 embaixo da escultura de Tiradentes, na praça de mesmo nome, no Centro de Curitiba, durante a retirada da obra de arte para restauração. A obra feita pelo escultor João Turin (1878-1949). O fato de a estátua compor a paisagem curitibana gerou muita expectativa sobre o conteúdo da garrafa.
Nas redes sociais, os internautas se arriscaram desde que o objeto foi encontrado com palpites sobre o conteúdo da garrafa misteriosa, a maioria em tom de brincadeira. A página no Facebook “Ser Curitibano”, após provocar os internautas e dar quatro opções de escolha para palpites, recebeu “apostas” como “um saco de pão da Padaria América” e “uma receita da Farmácias Minerva”. Os leitores complementaram com muitas brincadeiras e surgiram coisas como “o porco-cofre do Banestado” e “o mapa do tesouro do Pirata Zulmiro”.
Recuperação da obra de Turin
A estátua na qual foi encontrada a garrafa, que representa o líder da Inconfidência Mineira – Joaquim José da Silva Xavier –, fica no marco zero da capital. O monumento é apenas uma das obras feitas por Turin que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. Integram a obra do artista espalhada pelas praças da capital a peça Luar do Sertão (a onça rugindo que fica na rotatória ao lado da sede da prefeitura) e a escultura de uma águia, na Praça Santos Andrade.
Todas essas obras serão revitalizadas como parte de um projeto do Ateliê João Turin. A intenção é restaurar todo o acervo do artista e elaborar materiais que resgatam a vida e obra do artista. Além disso, serão criados novos moldes para poder reproduzir as esculturas. Essas três estátuas originais, por exemplo, voltam para as praças em agosto, mas as cópias farão parte de exposições que vão percorrer o país e o mundo.
Veja o texto completo do manuscrito
"Aos 25 dias do mês de janeiro de 1932, tendo o interventor Joaquim Pereira de Macedo, procedeu a remoção deste monumento da posição original para a atual. Nesta garrafa foram colocadas a primeira página do jornal "O Dia", de 21 de abril de 1927, e algumas moedas de cobre e níquel. A garrafa foi colocada na última camada de alvenaria de gruta do baixo pedestal".
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário