Moeda está valorizada diante de sinais de que a economia americana cresce a um ritmo mais acelerado, como números fortes da expansão do PIB.
Sinais de que a economia americana cresce a um ritmo mais acelerado fazem o dólar subir com força frente ao real na manhã desta quarta-feira. Por volta de 10h02, a divisa americana subia 0,70% sendo negociada a R$ 2,294 na compra e R$ 2,296 na venda. Na máxima do dia, a moeda americana bateu em R$ 2,302 e na mínima chegou a R$ 2,282. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o índice de referência, Ibovespa, abriu em queda e às 10h10 se desvalorizava 0,28% aos 48.427 pontos.
Números mais fortes do Produto Interno Bruto (PIB) americano reforçam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, pode começar a reduzir os estímulos, que todo mês injetam US$ 85 bilhões na economia através da compra de títulos.
O dólar sobe por aqui e no exterior após o Departamento de Comércio americano divulgar que PIB dos Estados Unidos cresceu 1,7% a uma taxa anualizada no segundo trimestre na comparação com os primeiros três meses do ano. Analistas previam alta de 1,1%.
Além disso, o setor privado americano criou 200 mil vagas em julho, de acordo com estimativa divulgada nesta quarta pela Automatic Data Processing (ADP) em parceria com a Moody's Analytics. O resultado também ficou acima do esperado poer especialistas, que esperavam a criação de 183 mil a 185 mil postos.
Para o especialista em câmbio da Icap Brasil, Ítalo Abucater, a saída de recursos tanto financeiros quando no fluxo comercial do Brasil também continua pressionando o dólar. Além disso, com a aproximação do fim do mês, cresce a pressão sobre a moeda americana para a formação da Ptax, a taxa média do dólar utilizada para a liquidação dos contratos. Investidores que estão comprados na moeda americana, apostando na valorização do dólar no mercado futuro, intensificam as compras, o que pressiona ainda mais a moeda americana.
Na Europa, os principais pregões estão em queda nesta manhã. O índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, recua 0,35% e o índice Cacm, do pregão de Paris, tem queda de 0,11%. Na zona do euro, a taxa de desemprego ficou estável em 12,1% em junho. Também foi divulgada a prévia da inflação ao consumidor referente a julho, que permaneceu inalterada em 1,6%, no acumulado em doze meses, na comparação com o mês anterior.
"Não há, portanto, sinais de pressão sobre a inflação europeia no curto prazo. Com isso, e em conjunto com a estabilização do mercado de trabalho, acreditamos que a necessidade de novos cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) foi, por ora, foi afastada", avalia em relatório o economista-chefe do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octávio de Barros.
BC fez três leilões de venda de dólares nesta manhã
O Banco Central (BC) fez, na manhã desta quarta, três leilões equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, swap cambial.
No primeiro leilão, anunciado às 9h50, com vencimento em 2 de janeiro de 2014, foram negociados todos os 30 mil contratos ofertados, no total de US$ 1,490 bilhão.
No segundo leilão da manhã, com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, foram negociados 15,3 mil contratos do total de 30 mil ofertados. O valor total chegou a US$ 757,5 milhões.
Já na terceira operação, nenhuma proposta das instituições financeiras foi aceita. O BC havia colocado em negociação 15 mil contratos, com vencimento em 3 de fevereiro de 2014.
Fonte: Agência O Globo/Agência Brasil
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