quarta-feira, 29 de maio de 2013

Vincent e Bruno protagonizam primeiro casamento homoafetivo da França.

Juntos desde que se conheceram há seis anos, casal trocou votos na prefeitura de Montpellier diante do prefeito, parentes e amigos.

Reuters/Jean-Paul Pelissier
Reuters/Jean-Paul Pelissier / Vincent Autin (à dir.) e Bruno Boileau (à esq.) posam com a prefeita de Montpellier, Helene Mandroux
Vincent Autin (à dir.) e Bruno Boileau (à esq.) posam com a prefeita de Montpellier, Helene Mandroux
Dois homens casaram-se na cidade francesa de Montpellier nesta quarta-feira (29), o primeiro casal do mesmo sexo a se casar na França sob uma reforma que tem alimentado alguns dos mais ferozes protestos de rua no país em décadas.
Vincent Aubin e Bruno Boileau - juntos desde que se conheceram há seis anos ao discutir música em um fórum online - trocaram votos na prefeitura diante do prefeito, parentes e amigos, e o máximo de pessoas bem intencionadas que cabiam no local.
"Esperamos que seja para sempre, mas se algum dia terminar, vamos ser iguais a qualquer outro casal nessa situação", brincou Aubin em uma bateria de entrevistas com a mídia local antes do grande dia.
Apesar do forte apoio à reforma em Montpellier, que se orgulha de ser a cidade da França mais amigável aos gays, autoridades abandonaram os planos de transmitir a cerimônia ao vivo em uma tela de TV gigante ao ar livre em uma praça, por medo de que adversários radicais tumultuassem a cerimônia.
Recusando-se a transformar a praça em frente à prefeitura em uma zona cercada de alta segurança, o evento, em vez disso, foi transmitido ao vivo pelo site da prefeitura da cidade.
"É um momento estressante para Victor e Bruno. Há pessoas que vão tentar marcar este dia simbólico, com palavras de ódio", disse Elodie Brun, coordenadora da Associação do Orgulho Gay local, que Aubin lidera.
Brun foi testemunha do casamento e assinou o primeiro documento da história para duas pessoas do mesmo sexo nos registros de casamento em uma nação predominantemente católica, mas ferozmente ligada à separação entre Igreja e Estado.
Fonte: Reuters

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