terça-feira, 28 de maio de 2013

Paraná encara Azulão em palco indesejado.

Atraso na reforma do gramado da Vila Capanema obriga o Tricolor a enfrentar o São Caetano no irregular campo da Vila Olímpica.

Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Albari Rosa/ Gazeta do Povo / Dado Cavalcanti, técnico do Paraná: estratégia diferente para se adaptar ao gramado do Boqueirão
Dado Cavalcanti, técnico do Paraná: estratégia diferente para se adaptar ao gramado do Boqueirão
Paraná e São Caetano jogariam hoje, às 19h30, na Vila Capanema. Seria a festa do clube para inaugurar o novo gramado do estádio. Possivelmente, após a vitória fora de casa contra o ABC, a torcida estaria presente para ver a bola rolar como há muito tempo não se via no Durival Britto. Mas o Tricolor não terá esses trunfos hoje.
Sem condições de uso, o piso da tradicional praça esportiva foi vetado. Com isso, o Tricolor vai encarar o duro e desnivelado (avaliação dos jogadores) terreno da Vila Olímpica, a partir das 15 horas. Não terá o sonhado tapete e também deve sofrer uma baixa considerável na presença de público.
Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Brunno Covello/ Gazeta do Povo / Nova data: Tricolor volta para o Durival Britto contra o Figueirense, no dia 8 de junho
Nova data: Tricolor volta para o Durival Britto contra o Figueirense, no dia 8 de junho
“Nosso adversário tem jogadores altos e explora bem bolas paradas. Com um campo com dimensão menor [102 metros de comprimento contra 110 da Vila Capanema, embora da mesma largura de 70 metros] e que a bola não rola naturalmente, muda o perfil do jogo. É uma preocupação a mais”, admitiu o técnico Dado Cavalcanti, que manterá o mesmo time que bateu o ABC por 2 a 0, em João Pessoa.
No jogo que abriu a Série B para os paranistas, a equipe abusou de jogadas trabalhadas, bola no chão com velocidade, o que será mais difícil de ser executado em um piso irregular – garante Dado. “Temos estratégias que não poderemos usar, mas é algo que faz parte da competição. Temos de nos adaptar a todos os tipos de campo”, explicou o técnico.
O problema do gramado preocupa também os jogadores. “É complicado. É um campo em que nós treinamos e já foi difícil. Para jogar, ainda mais. Não temos escolha: é superar”, disse Rubinho.
Hoje pela manhã o Atlé­­tico fará um treino de reco­­nhecimento no local. O Ru­­bro-Negro enfrenta amanhã o Cruzeiro na Vila Olím­­pica. Para poupar o gramado, o Paraná ocupou ontem um campo anexo ao estádio para treinar.
O Tricolor também contabiliza perdas com o duelo em horário comercial. A média de arrecadação do clube na Vila Olímpica neste ano foi de R$ 39,2 mil. Estima-se que o faturamento pode ter uma baixa de até 50%. “Pela vitória no jogo anterior, deveremos ter cerca de 4 mil torcedores [superior ao melhor público do time no estádio, de 3.721 pagantes]”, cravou o superintendente-geral, Celso Bittencourt.

Estádio

Precaução faz Paraná adiar o retorno para a Vila Capanema
Inicialmente marcada para hoje, a inauguração do novo gramado da Vila Capanema foi adiada para o dia 8 de junho, data em que o Paraná enfrenta o Figueirense, às 16h20, pela quinta rodada da Série B.
Além do campo de jogo reformado, o pacote de novidades do estádio contempla uma pintura renovada nas arquibancadas e no histórico relógio, marca característica do Durival Britto.
“A alteração foi uma decisão coerente. A gente realmente não poderia forçar a barra com vários jogos seguidos neste tempo [com previsão de chuva em Curitiba]. Com certeza estrearemos contra o Figueirense”, explicou o superintendente-geral paranista, Celso Bittencourt.
Colocada há quase duas semanas, a grama ainda não se fixou totalmente no piso, o que poderia deixá-la bastante suscetível a ser arrancada em caso de lances mais duros.
Com a nova data, serão quase três meses sem jogo do Paraná em seu estádio tradicional – o último duelo foi o empate por 2 a 2 no clássico contra o Atlético, pelo Paranaense, no dia 17 de março.
O problema começou quando a empresa que cuida da manutenção do estádio errou o produto a ser aplicado, matando boa parte da grama anterior. Com condições consideradas difíceis de contornar, o clube optou pela troca de toda a grama, a primeira desde a inauguração do Durival Britto, em 1947.
Rubinho vira referência no Tricolor
Rubinho, um dos destaques do Tricolor na estreia na Série B, virou referência para o grupo após a contra­­tação do técnico Dado Ca­­valcanti. Por ter trabalhado com o treinador no Luverdense no ano passado, o meia ganhou a posição de titular e passou a ser consultado pelos colegas quanto ao estilo do comandante.
“Acho que todo mundo conversou comigo na chegada do treinador sobre a forma que ele gosta de jogar. O pessoal assimilou e acho que temos muito a crescer”, disse ele. “Fomos bem na estreia, mas não podemos viver só deste jogo. Tem de ter pegada para continuar”, completou.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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