Presidenciáveis lideram movimento para impedir a aprovação de projeto que tira das legendas novatas amplo acesso ao fundo partidário.
Pedro França/Ag. Senado
Marina: projeto prejudica o novato Rede Sustentabilidade
Dois dos potenciais candidatos à Presidência no ano que vem, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o senador Aécio Neves (PSDB) se uniram ontem para atuar contra a aprovação do projeto que inibe a criação de novos partidos no país. A Câmara dos Deputados concluiu ontem a votação do texto, que segue agora para o Senado. A proposta tira das legendas novatas possibilidade de amplo acesso ao fundo partidário e ao tempo de tevê, mecanismos vitais para o funcionamento financeiro e eleitoral das siglas.
Liderados por Marina, que tenta viabilizar a Rede Sustentabilidade, senadores contrários ao projeto lançaram um movimento suprapartidário a fim de barrar a aprovação da proposta no Senado. Eles defendem que as regras entrem em vigor somente depois das eleições de 2014 – ideia rejeitada na Câmara – e que o projeto não seja analisado com urgência pelos senadores.
Além de Marina e Aécio, o movimento é integrado por representantes do PSB, PMDB, PDT e PSDB. Aécio, Marina e o governador Eduardo Campos (PSB-PE) são apontados como prováveis adversários de Dilma nas eleições do ano que vem. Se o projeto for aprovado, as candidaturas de Campos e Marina poderão sofrer dificuldades. O que desagrada os tucanos, que apostam no maior número de candidaturas para levar a disputa de 2014 ao segundo turno.
O movimento suprapartidário vai agir em três frentes. Os senadores vão tentar impedir que o projeto tramite em regime de urgência, o que aceleraria sua votação. O grupo também vai tentar aprovar emenda para que as regras entrem em vigor só em 2015, depois da disputa presidencial. Se não tiverem sucesso, os parlamentares vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal para derrubar a aprovação do projeto.
Fonte: FolhaPress
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