Em algumas lojas, o tempo de espera dos consumidores para chegar à sessão desejada era de mais de quatro horas. No domingo, comércio ficará aberto até o meio-dia.
Marcos Labanca / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Estimativa de comercializar US$ 130 milhões nos quatro dias de promoção foi superada 24 horas antes do encerramento do evento
Mais de 60 mil pessoas lotaram o comércio de importados de Ciudad del Este, no Paraguai, neste sábado (12), véspera do Dia das Mães. Atraídos pela megaliquidação batizada de Black Friday, em alusão à “Sexta-Feira Negra” dos Estados Unidos, brasileiros e paraguaios aproveitam os descontos, que variam de 20% a 70% em todo tipo de mercadoria. Os eletrônicos e os itens de informática têm sido os mais procurados. Ainda pela manhã, em algumas lojas, o tempo de espera dos consumidores para chegar à sessão desejada era de mais de quatro horas.
As primeiras lojas começaram a receber os consumidores por volta das 5h e só deveriam fechar as portas depois das 22h. No domingo, o comércio ficará aberto até o meio-dia. Para evitar os rotineiros congestionamentos sobre a Ponte da Amizade, muitos preferiram cruzar a fronteira a pé ou de mototáxi. Pelas ruas, o vai e vem de pessoas lembrou os dias áureos do comércio paraguaio nas décadas de 1980 e 1990. Até o início da tarde, o movimento para declarar as mercadorias na aduana da Receita Federal era bastante baixo.
Aberta na quinta-feira (10), a estratégia para atrair mais compradores e alavancar as vendas surpreendeu comerciantes e organizadores. A estimativa de comercializar cerca de US$ 130 milhões nos quatro dias de promoção foi superada na manhã deste sábado, 24 horas antes do encerramento da primeira edição da Black Friday paraguaia.
“Devemos chegar a US$ 200 milhões. Até quem não havia aderido acabou baixando os preços e vendendo”, destacou o vice-presidente da Câmara de Comércio de Tecnologia e Informática, Juan Ramirez.
Decepção
Entre os consumidores, as opiniões se dividem. “Vim esperando encontrar descontos melhores. Mas não é o que está acontecendo. Um aparelho de som para o carro, na promoção está US$ 10 mais caro que em Salto de Guairá. Mesmo assim vou levar, para não perder a viagem”, comentou o comerciante de Ubiratã, no Oeste do estado, Sérgio Saturnino. Já para o professor Dominguez Acuña, que viajou quase 400 quilômetros até a fronteira, o esforço valeu a pena. “Estou levando uma TV pela metade do preço que compraria em Assunção.”
O sucesso maior que o esperado reforçou os planos de alguns empresários vizinhos de tornar a superpromoção um evento fixo no calendário paraguaio. “Estamos conversando com representantes do turismo, do governo e do comércio de Foz do Iguaçu e de Puerto Iguazú, na Argentina, para unirmos forças e lançarmos a Black Friday Cataratas, ainda este ano, na última semana de novembro”, adiantou Ramirez, destacando que para as próximas edições a ordem será investir em mais qualidade.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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