Segundo pesquisa, 82% das empresas pretendem incorporar celulares ou computadores portáteis no trabalho.
Buscando aumentar a produtividade dos funcionários e tornar os negócios mais eficientes, 82% das empresas brasileiras estão discutindo a adoção de aplicações móveis personalizadas, como o acesso ao e-mail da empresa e programas de mensagem instantânea em smartphones e tablets. O resultado é da Pesquisa 2012 da Symantec sobre a Situação da Mobilidade, feita com 150 empresas do país que têm entre cinco e 5 mil funcionários. A margem de erro é de oito pontos porcentuais.
Em relação aos anos anteriores, o levantamento mostra uma mudança no comportamento das organizações, que antes eram menos propensas a adotar os dispositivos móveis. Agora, a mobilidade aparece como parte central da estratégia das companhias para ganhar eficiência, reduzir custos e realizar novos negócios.
A falta de segurança e o risco de perda de informações valiosas, no entanto, são citados como os maiores entraves para a implantação de projetos de mobilidade. Quase 40% das empresas apontam a computação móvel como a iniciativa do departamento de TI que mais traz riscos à organização. A segunda maior ameaça são os softwares de business intelligence, com 33%.
“O grande temor está relacionado à perda dos dispositivos e o consequente vazamento de informações importantes. Esses casos em geral são decorrentes da falta de conhecimento do usuário, e não de má fé. Muitas vezes o funcionário acaba fazendo coisas que não sabia que não podia fazer, como baixar algum programa ou aplicativo que contém vírus, por exemplo, o que pode acabar infectando toda a rede da empresa”, afirma André Carraretto, gerente de engenharia de sistemas da Symantec.
Prejuízo
De acordo com o levantamento, o custo médio decorrente de incidentes com aparelhos móveis foi de US$ 296 mil no ano passado entre as empresas brasileiras. O número supera a média dos demais países pesquisados na América Latina, onde o custo médio foi de US$ 213 mil.
Uma das possíveis soluções para o problema é a adoção de uma “app store” (loja de aplicativos) própria, em que a empresa controla quais aplicativos poderão ser baixados pelos empregados em seus dispositivos. Ao todo, 75% das empresas já utilizam ou pretendem implementar uma solução nesse sentido.
“As lojas de aplicativos são uma grande preocupação das empresas. No caso dos dois sistemas mais usados, a Apple Store [para iPhone e iPad] e o Market [para Android], o funcionário pode acabar baixando algo que não seja de interesse da companhia. Além da possível perda de produtividade, há o custo com o consumo de espaço e banda. A loja corporativa é uma solução que acaba replicando o mesmo conceito que já existe hoje no mundo do PC”, argumenta. Na maioria das empresas, diz Carraretto, os softwares que podem ser baixados no computador do trabalho dependem de autorização prévia do setor de TI.
A pesquisa também mostra que, entre as companhias que já adotaram algum tipo de solução móvel, 77% disseram perceber ganhos de produtividade após a implementação. Quase 60% afirmaram que pretendem usar os celulares e tablets em aplicações de negócios, ou seja, para tentar vender mais – mostrando que, na percepção das companhias, a possibilidade de acessar dados em qualquer lugar está diretamente ligada a um aumento no faturamento.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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