quinta-feira, 1 de março de 2012

Trabalho incorpora smartphone e tablet.

Segundo pesquisa, 82% das empresas pretendem incorporar celulares ou computadores portáteis no trabalho.

Buscando aumentar a produtividade dos funcionários e tornar os negócios mais eficientes, 82% das empresas brasileiras estão discutindo a adoção de aplicações móveis personalizadas, como o acesso ao e-mail da em­­presa e programas de mensagem instantânea em smartphones e tablets. O resultado é da Pesquisa 2012 da Symantec sobre a Situação da Mobilidade, feita com 150 empresas do país que têm entre cinco e 5 mil funcionários. A margem de erro é de oito pontos porcentuais.
Em relação aos anos anteriores, o levantamento mostra uma mudança no comportamento das organizações, que antes eram menos propensas a adotar os dispositivos móveis. Agora, a mobilidade aparece como parte central da estratégia das companhias para ganhar eficiência, reduzir custos e realizar novos negócios.
A falta de segurança e o risco de perda de informações valiosas, no entanto, são citados como os maiores entraves para a implantação de projetos de mobilidade. Quase 40% das empresas apontam a computação móvel como a iniciativa do departamento de TI que mais traz riscos à organização. A segunda maior ameaça são os softwares de business intelligence, com 33%.
“O grande temor está relacionado à perda dos dispositivos e o consequente vazamento de informações importantes. Esses casos em geral são decorrentes da falta de conhecimento do usuário, e não de má fé. Muitas vezes o funcionário acaba fazendo coisas que não sabia que não podia fazer, como baixar algum programa ou aplicativo que contém vírus, por exemplo, o que pode acabar infectando toda a rede da empresa”, afirma André Carra­retto, gerente de engenharia de sistemas da Symantec.
Prejuízo
De acordo com o levantamento, o custo médio decorrente de incidentes com aparelhos móveis foi de US$ 296 mil no ano passado entre as empresas brasileiras. O número supera a média dos de­mais países pesquisados na América Latina, onde o custo médio foi de US$ 213 mil.
Uma das possíveis soluções para o problema é a adoção de uma “app store” (loja de aplicativos) própria, em que a empresa controla quais aplicativos poderão ser baixados pelos empregados em seus dispositivos. Ao todo, 75% das empresas já utilizam ou pretendem implementar uma solução nesse sentido.
“As lojas de aplicativos são uma grande preocupação das empresas. No caso dos dois sistemas mais usados, a Apple Store [para iPhone e iPad] e o Market [para Android], o funcionário pode acabar baixando algo que não seja de interesse da companhia. Além da possível perda de produtividade, há o custo com o consumo de espaço e banda. A loja corporativa é uma solução que acaba replicando o mesmo conceito que já existe hoje no mundo do PC”, argumenta. Na maioria das empresas, diz Car­raretto, os softwares que podem ser baixados no computador do trabalho dependem de autorização prévia do setor de TI.
A pesquisa também mostra que, entre as companhias que já adotaram algum tipo de solução móvel, 77% disseram perceber ganhos de produtividade após a implementação. Quase 60% afirmaram que pretendem usar os celulares e tablets em aplicações de negócios, ou seja, para tentar vender mais – mostrando que, na percepção das companhias, a possibilidade de acessar dados em qualquer lugar está diretamente ligada a um aumento no faturamento.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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