quinta-feira, 1 de março de 2012

Gaeco sequestra Corvette encomendado por político de Guarapuava.

Veículo foi comprado em nome do filho do ex-presidente da Câmara Admir Strechar. Carro, avaliado em cerca de R$ 187 mil, tinha pendência de “desembaraço aduaneiro".

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava, no Centro-Sul do estado, confirmou ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) o sequestro e bloqueio de um carro de luxo encomendado pelo ex-presidente da Câmara Municipal da cidade, Admir Strechar. O carro, um Corvette C06, está avaliado em US$ 110 mil (cerca de R$ 187 mil) e se encontrava “pendente de desembaraço aduaneiro no Porto de Navegantes (SC)”, segundo o MP-PR.
Após ser informado da situação, o Gaeco ingressou com ação para sequestro do bem junto ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Guarapuava. O pedido foi deferido. O veículo foi tomado na segunda-feira (27). O automóvel ficará apreendido até a conclusão dos processos criminais. Em caso de condenações, ele poderá ser usado no ressarcimento dos danos causados aos cofres públicos.
Strechar foi preso em flagrante no dia 25 de outubro do ano passado acusado de se apropriar de parte dos salários de um funcionário da casa de leis. A prisão ocorreu no gabinete da presidência da Câmara. De acordo com o Gaeco, Strechar estava com R$ 12 mil em dinheiro (R$ 1 mil que ele havia acabado de receber do servidor).
De acordo com o Gaeco, o esquema foi articulado pelo próprio Stracher e funcionava pelo menos desde 2009. O presidente da Câmara fazia pessoalmente o pagamento dos salários aos servidores em cheque. Em seguida, os funcionários descontavam o cheque em banco e repassavam o equivalente a metade dos vencimentos ao vereador.
Duas semanas depois, ele foi afastado do cargo pela Justiça, a pedido do MP-PR. O ex-presidente da Câmara de Guarapuava foi solto no dia 9 de dezembro, depois que os advogados de defesa conseguirem a concessão de um habeas corpus. Durante o período em que ficou preso, Strechar foi flagrado utilizando um tablet com suposto acesso à internet dentro da cela.
A reportagem da Gazeta do Povo tentou, sem sucesso, localizar Strechar e o advogado que o representa.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

Nenhum comentário: