sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Curitiba ficará mais florida para as festas de fim de ano.

A capital receberá 2 milhões de mudas em praças, parques, canteiros e avenidas por onde transitam muitos turistas.

                                                             Henry Milléo/ Gazeta do Povo
                         
                                  Funcionários da prefeitura plantam sálvias nos canteiros da 
                                  Avenida Manoel Ribas

Petúnias, begônias, sálvias e amores-perfeitos. A quantidade de flores que colorem a cidade chama a atenção de quem passa pelos parques e praças de Curitiba. Com a chegada das festas de fim de ano, novas plantas surgem nos canteiros, com cores cada vez mais natalinas, agradando a turistas e moradores. Neste ano, o número de mudas plantadas atingirá seu recorde: haverá 2 milhões delas enfeitando a cidade, segundo a prefeitura.

A cada trimestre, em média, novas plantas aparecem nos canteiros. Elas podem durar até quatro meses, mas dependem do clima e da quantidade de chuvas e dias de sol para continuarem bonitas por mais tempo.

A engenheira agrônoma responsável pelo Horto Municipal, Josy Moraes Zemke, conta que a escolha das espécies é feita a partir de três grandes fatores: as experiências desenvolvidas pelos técnicos responsáveis, a adaptação da planta ao clima e o gosto do curitibano. “A que melhor se adaptou é a sálvia, uma planta de verão, que tem uma cor bem vermelha e chama a atenção. Ela é uma planta nativa que recebeu algumas modificações”, diz Josy.

As flores que nesse momento alegram a cidade são específicas para as estações quentes e as trocas começaram no início da primavera, em setembro. Além da sálvia, begônias, petúnias, torênias e celósias enchem os canteiros da cidade. Nas estações frias, elas darão lugar às cravinas, bocas-de-leão e amores-perfeitos, que também fazem sucesso. A troca realizada agora, no meio da estação, é feita para que os canteiros tenham um rodízio e não sofram com a persistência de pragas.

A criação das mudas é toda feita no Horto Municipal. Pri­­mei­ro, as sementes são germinadas e depois separadas em bandejas com quinze células. Então, elas vão para uma estufa, onde ficam por cerca de dois meses, até crescerem o suficiente para a plantação. A cada mês, a estufa do Horto produz 500 mil mudas; em um ano a produção chega a 6 milhões. Segundo Josy, o local que recebe mais plantas é o Jardim Botânico. “Ele é o lugar mais florido da cidade, com cerca de 100 mil mudas a cada troca”, conta.

Nesta semana, as trocas estavam sendo feitas na Praça Rio Iguaçu, ao lado do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. Outras avenidas que já receberam as novas flores são a Visconde de Gua­rapuava e a Mariano Torres, por onde os turistas passam quando se dirigem aos bairros Batel e Centro Cívico. Os parques Tanguá e Barigui também ga­­nharam um clima mais natalino com as sálvias e begônias, assim como praças Osório, da Espanha, Santos Andrade e Tiradentes.


Espécies
As plantas são escolhidas por serem nativas e terem maior resistência às variações climáticas clássicas do dia a dia da capital paranaense:

Sálvia
É uma plantinha pequena que tem as pétalas e flores vermelhas. Como as pétalas permanecem, elas ficam coloridas o ciclo inteiro.

Begônia
A begônia, assim como a sálvia, é plantada no verão e tem como marca a cor vermelha. A diferença é que a begônia é colorida em função da própria planta, que tem as folhas avermelhadas. Isso mantém a floreira por mais tempo.

Amor-perfeito
Existente em diversas cores, como o amarelo e azul, geralmente é plantada no inverno. O único problema é que ela pode murchar facilmente, então a renovação é constante.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo/Luiz Antônio Acra, professor de Botânica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

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