segunda-feira, 31 de outubro de 2011

“Não devemos nada para a Rodobens”, diz dono da Uniandrade.

Proprietário da instituição insistiu ainda na existência de um erro na avaliação da Justiça e prometeu novas informações sobre o processo amanhã.

                                                                             Albari Rosa/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
              Albari Rosa/ Agência de Notícias Gazeta do Povo / PM acompanha o cumprimento do mandado para que posse do prédio administrativo da Uniandrade seja repassado à Rodobens
                   PM acompanha o cumprimento do mandado para que posse do prédio administrativo
                   da Uniandrade seja repassado à Rodobens


Contrariado com a decisão judicial que exigiu a reintegração de posse de um dos edifícios do Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) para Rodobens Consórcio, o reitor e dono da instituição José Campos de Andrade declarou hoje(31) não ter nenhuma dívida com a empresa. Andrade insistiu ainda na existência de um erro na avaliação da Justiça e prometeu novas informações sobre o processo amanhã.

Andrade alega que a Justiça se equivoca ao permitir a utilização da matrícula 45.158 – referente ao terreno onde está o Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade - para a execução da reintegração de posse. A matrícula da causa, insiste, é a 93.448, de um terreno vizinho ao dos prédios da atual Uniandrade. Mesmo com esses argumentos, Andrade não explicou como seria possível a suposta inexistência da dívida diante da sentença da Justiça.


O advogado da Rodobens, Murilo Varasquim, confirmou o valor da dívida de R$ 16,5 milhões do Grupo Uniandrade à empresa que representa. “O argumento das matrículas foi usado pela Uniandrade há dois anos para ganhar tempo. A justiça investigou a reclamação da universidade, também verificando os registros na prefeitura, e viu que não havia nenhum erro no processo”, disse.

O dono da Uniandrade não quis dizer se usará o outro edifício da instituição, localizado na Rua Dr. Muricy, no centro de Curitiba, para remanejar os alunos. Segundo ele, 2,5 mil dos oito mil alunos da instituição tiveram de começar a ter aulas no prédio ao lado ao que foi tomado pela Justiça.

Nesta manhã, um oficial de Justiça, que não quis dar entrevistas, fez um levantamento dos bens da Uniandrade existentes no Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade. No edifício funcionavam algumas salas de aula, a Biblioteca e outros locais para projetos de extensão da universidade. O prédio continua lacrado e seguranças contratados pela Rodobens fazem a vigilância 24 horas do local.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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