Decisão foi tomada em meio a avaliações do mercado de excesso de produção das montadoras após um primeiro semestre recorde de vendas.
A Volkswagen suspendeu nesta semana a produção em sua fábrica em São José dos Pinhais (PR) em meio a avaliações do mercado de excesso de produção das montadoras após um primeiro semestre recorde de vendas.
A montadora alemã negociou com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba paralisação da produção em meio a feriados locais e da comemoração do 7 de setembro, na quarta-feira.
Os quatro dias de produção parada serão compensados em quatro sábados até o final de 2012, afirmou o secretário-geral do sindicato, Jamil D'Ávila.
A flexibilidade acontece após forte ritmo de produção no primeiro semestre, em que montadoras abriram turnos extras para dar conta da demanda de veículos do país.
As vendas devem bater novo recorde em 2011, ampliando a marca de 2010 em 5%, para 3,69 milhões de unidades, segundo estimativa da associação de montadoras, Anfavea.
Segundo D'Ávila, a Volkswagen tem cerca de 10 mil carros no pátio da fábrica em São José dos Pinhais, quando o normal é um volume de 4 mil a 5 mil unidades. A planta produz os modelos Golf, Fox e CrossFox.
"A empresa havia informado que houve uma queda nas vendas (...) mas temos trabalhado normalmente, num ritmo de 810 carros por dia", disse o secretário-geral do sindicato.
A associação de concessionários brasileiros, Fenabrave, divulgou na sexta-feira passada uma queda de 0,44 por cento nas vendas de automóveis em agosto em relação ao mesmo período de 2010. Na comparação mensal houve alta de 6,3%.
Na ocasião, o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, comentou que as distribuidoras fecharam agosto com estoques para mais de 40 dias, quando o ideal seriam 21 dias. "Não está havendo equilíbrio entre oferta e procura", afirmou Reze na sexta-feira.
Em São Bernardo do Campo, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a montadora cancelou dois sábados de produção reservados para julho e agosto, por falta de peças para montagem dos veículos.
A Volkswagen não pôde comentar o assunto imediatamente.
Fonte: Reuters/Jornal Gazeta do Povo
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