Paulo Bernardo afirmou que acredita no fim da greve ainda nesta quinta-feira, mas possibilidade foi descartada pela Fentect e Sintcom-PR, que representam os grevistas.
As declarações do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, dizendo que a greve dos Correios poderia acabar ainda nesta quinta-feira (29) não foi bem recebida pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect). Em nota oficial, os representantes da categoria afirmam que os “trabalhadores que estão em greve ficaram revoltados com as declarações” de Bernardo.
Ao contrário do que o ministro disse, a Fentect e o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) garantem que a greve continua e não parece próxima do fim. De acordo com o Sintcom-PR, a proposta do governo de aumento real dos salários em R$ 80 a partir de janeiro e o pagamento imediato de um abono de R$ 500 que Bernardo diz já ter sido aceita pelos funcionários ainda não foi oficialmente apresentada para a categoria.
Mesmo com essa proposta sendo oficializada o sindicato informa que não haverá negociação enquanto a empresa quiser descontar os dias não trabalhados. O Sintcom-PR teve uma liminar negada para impedir o desconto dos dias parados, mas afirmou que, assim como outros estados já fizeram, entrou com um mandado de segurança para garantir a suspensão do desconto.
Segundo a Fentect, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) é a estatal que paga os piores salários, seja para os cargos de nível básico, técnico ou mesmo superior. Eles reclamam que a categoria ainda sofre com falta de funcionários e que desde 2009 não há contratações.
Mostrando o descontentamento também com o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, a Fentect, afirma que o momento é de continuidade e fortalecimento da greve. O Sintcom-PR também informou que assembleia realizada na tarde desta quinta-feira definiu que a greve no Paraná continua.
A federação dos trabalhadores já convocou todos os sindicatos do Brasil para uma grande manifestação em Brasília na próxima terça-feira (4). Eles pretendem acampar com os grevistas na capital federal e podem contar com o apoio de bancários e centrais sindicais para a realização de uma atividade conjunta.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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