Capes vai oferecer 40 mil bolsas com US$ 936 milhões de investimento. CNPq ficará responsável pelas outras 35 mil bolsas.
Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, se reuniram nesta terça-feira (7) em Brasília com reitores de universidade e de institutos federais de educação, ciência e tecnologia, para discutir as estratégias do plano para criar 75 mil bolsas para brasileiros estudarem no exterior até 2014.
A oferta de bolsas do programa de internacionalização vai envolver a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Capes será responsável por ofertar 40 mil bolsas, com estimativa de investimento de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos (US$ 234 milhões por ano). O plano de ação da Capes prevê em 338% o crescimento no número de bolsas no exterior em relação a 2010. O CNPq, por sua vez, será responsável pelas outras 35 mil bolsas.
Entre as modalidades das bolsas da Capes estão a graduação-sanduíche (quando o aluno passa um período no exterior durante sua formação no Brasil), doutorado-sanduíche (com parte dos estudos fora do país), dourado pleno e pós-doutorado.
“Não se trata de um rompante em que levaremos muitos estudantes ao exterior, mas de um grande projeto, que será institucionalizado pelo governo federal”, explicou Haddad. Mercadante, por sua vez, destacou que o CNPq vai ampliar muito a sua oferta atual, que é de 5,3 mil bolsas por ano.
A intenção do governo é dar prioridade para áreas do conhecimento que consideram prioritárias para o desenvolvimento do país, como engenharia e tecnologia. “São áreas em que o mercado de trabalho está aquecido e há déficit de pessoal”, observou Mercadante. “Para cada 50 formandos no país, temos apenas um engenheiro.”
Estudantes de cursos técnicos de nível médio e os de educação profissional também receberão bolsas. Segundo o MEC, serão 6 mil para cursos superiores de tecnologia, 3 mil para licenciatura em matemática, física, química e biologia, 3 mil para bacharelado tecnológico e 3 mil para estudantes de nível médio.
O governo negocia com instituições de ensino de vários países para promoverem intercâmbio de estudantes brasileiros. Segundo o MEC, só nos Estados Unidos, das 97 universidades contatadas, 95% manifestaram interesse em receber estudantes brasileiros. Elas oferecem alojamento gratuito, estágios de pesquisa e treinamento prévio em língua inglesa. França, Alemanha, Espanha, Portugal e Japão também costumam receber estudantes brasileiros.
Fonte: G1/Globo.com/Jornal Gazeta do Povo
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