segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Marquinhos atenua declínio do Coxa no Brasileiro.

Apesar da série sem vitórias e o afastamento do G4, técnico do Coritiba prevê sprint alviverde no desfecho do campeonato.

Antônio More / Gazeta do Povo
Antônio More / Gazeta do Povo / Marquinhos Santos espera por oscilação das outras equipes no Brasileiro
Marquinhos Santos espera por oscilação das outras equipes no Brasileiro
Cinco jogos sem vitória, saída e afastamento do G4, aproveitamento inferior a 40% após a Copa das Confederações. Apesar das inúmeras estatísticas indicando a queda de rendimento do Coritiba, o técnico Marquinhos Santos prefere se agarrar a uma específica, bem mais otimista, e a partir dela projetar o futuro do time no Brasileiro.
“O Coritiba é o único time desde o início entre os seis primeiros colocados”, inicia o treinador. “O começo do campeonato nos deu embasamento para esse momento turbulento que estamos passando e ainda vamos passar. Outras equipes também passarão por perda de jogadores. O importante é permanecer no bolo e somar pontos para, no último quarto do campeonato, dar a arrancada para conseguir o que almejamos”, planeja o treinador.
O último quarto corresponde à segunda metade do returno. Período em que o Coritiba enfrentará quatro dos cinco times que hoje estão acima dele na classificação: Cruzeiro, Grêmio, Botafogo e Corinthians. Todos no Couto Pereira. Confrontos diretos, dentro de casa e, espera o treinador, sem sofrer com lesões.
O Coritiba teve 11 jogadores machucados ao longo da maratona de agosto. Na rodada passada, havia contado com a volta de Geraldo e Leandro Almeida. Ontem, foram Alex, Willian e Lincoln. Para o próximo duelo em casa, contra o São Paulo, são esperados Robinho e Deivid. Especialmente do segundo – que deverá ter a companhia de Vitor Júnior –, o time espera uma melhora no rendimento ofensivo.
Desde a perda de Deivid, no segundo tempo contra a Portuguesa, foram três gols em cinco jogos e meio. A partida de ontem foi apenas a segunda do ano sem o Coxa balançar a rede em seu estádio. A torcida não via um 0 a 0 no Alto da Glória desde a decisão do Paranaense do ano passado, contra o Atlético, em 13 de maio de 2012, que teve o Coritiba campeão nos pênaltis.
Dos três atacantes usados ontem, apenas Júlio César finalizou: uma vez, para fora. Bill protagonizou lances bisonhos, com matadas de bola na canela, enquanto Geraldo correu muito mais do que jogou.
“O Bill jogou no estilo Bill. Teve duas ou três chances que poderiam ser revertidas em gol. O Geraldo foi mais efetivo, mas às vezes acabou sendo sacrificado taticamente”, comentou Marquinhos.
No fim, o zagueiro Leandro Almeida jogou de centroavante. Pura necessidade, por causa de um pisão no tornozelo direito que só não o tirou de campo porque o Coritiba já havia feito as três substituições.
“Quando tivemos a superioridade numérica [expulsão de Alan], ocorreu a situação do Leandro”, lamentou o treinador, antes de retomar o otimismo, graças ao esvaziamento do departamento médico. “Com os atletas voltando, a tendência é que a partir de agora haja uma evolução. Ainda perderemos alguns por lesão, mas teremos uma equipe muito forte para a sequência do campeonato.”
Juntos pela 1ª vez, volantes se destacam
Willian ou Júnior Urso. Desde a chegada de Marquinhos Santos, em setembro do ano passado, o meio-campo do Coritiba sempre começou com um dos dois volantes. Ontem, pela primeira vez o treinador apostou nos dois juntos e gostou do resultado.
“O Willian e o Urso deram ao Lincoln e ao Alex mais liberdade de participação ofensiva. O jogo foi o Coritiba em cima do Inter e o Inter acuado, jogando por uma bola, um contra-ataque”, analisou Marquinhos.
Willian foi um dos melhores da partida. Anulou D’Alessandro. Urso teve mais liberdade para ir ao ataque, saindo pelo lado direito com Victor Ferraz. Mas foi pouco efetivo, errando cruzamentos. “O Marquinhos deu essa liberdade para eu sair um pouco mais sem abrir mão da segurança para a nossa zaga”, comentou Urso, que saiu do jogo com uma lesão muscular e é dúvida contra o Botafogo. Willian havia saído um pouco antes, apenas por cansaço.
Mais eficiente na marcação, apenas Chico. Engoliu Forlán, Damião e Scocco. Consolidou ainda mais o melhor ano da sua carreira e agradeceu a Marquinhos Santos.
“O Marquinhos confiou no meu trabalho, acreditou em mim quando 99% não acreditaram, muito por culpa minha, eu sei disso. Devo todos esses elogios muito ao Marquinhos, o cara que me ajudou quando eu mais precisei”, comentou Chico, que vê sua precisão na marcação como algo indispensável para um defensor. “Um erro pode ser fundamental para uma derrota. Se o atacante perder oito chances e fizer uma, sai por cima porque fez o gol. Se o zagueiro acerta oito e perde uma, pode ter entregado o jogo ali”, comparou.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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