Júlio Cezar Zem alegou cansaço no exercício da função e pediu exoneração. Jozélia, que já trabalhou no governo Requião, diz ter intenção de dar continuidade ao trabalho de Zem.
Marcelo Andrade / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Jozélia Nogueira participou de sabatina para a escolha de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, no último mês de julho
A pedido do governador Beto Richa (PSDB), o equilíbrio das contas públicas, segundo Jozélia, estará no topo da lista de prioridades na sua atuação à frente da entidade. “Vou dar continuidade ao trabalho. Estamos ainda montando minha equipe, foi tudo muito rápido, muito recente. Já está definido que minha diretora geral será Marisa Zandonai.”
Jozélia disse que outro aspecto prioritário é a distribuição de recursos da União aos estados. Ela cita também, entre os planos que já estão definidos, uma atuação mais próxima às secretarias. “As orientações nas secretarias, nesse trabalho de consultoria aos secretários e gestores públicos, serão intensificas”.
Júlio Cezar Zem, que entrega a chefia da Procuradoria Geral do Estado (PGE), alegou cansaço no exercício da função. Ele estava no cargo desde outubro de 2011, quando assumiu no lugar de Ivan Bonilha - este último foi para o Tribunal de Contas do Estado. Do começo do governo Richa até assumir a chefia, ele ocupou cargo de diretor geral da PGE ao lado de Bonilha.
“Tenho trabalhado bastante, preciso recuperar as minhas energias. Eu tinha sinalizado ao governador que precisava de descanso, e esse momento foi no qual se conseguiu fazer uma transição. É uma colega de carreira, temos uma boa relação, o trabalho continuará sem nenhuma interrupção”, justificou Zem.
Ele deixa cargo distribuindo agradecimentos aos que trabalharam com ele. “Tenho só a agradecer o apoio que eu sempre recebi da equipe de governo, dos próprios colegas, do companheirismo, não tenho nenhuma queixa. Cumpri com todos os compromissos que havia assumido com o próprio governador. Então, o que eu me comprometi, eu cumpri.”
Demissão da PGE em 2008
Jozélia já ocupou o cargo de procuradora-geral do estado por nove meses de abril de 2007 a janeiro de 2008, quando o governador era Roberto Requião (PMDB). Ela pediu demissão do cargo depois que orientou o governo a cumprir uma decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). No documento ela citava que foi tratada com desrespeito pelo então governador.
Mesmo tendo passado pelo episódio, ela diz que não haverá grande diferença na atuação naquele período para este. “Na época do Governo Requião, não foi difícil o diálogo. Claro que o governador Beto Richa é uma pessoa mais fácil de lidar, mais acessível, não tem rompantes. Mas te digo que não foi difícil trabalhar no governo Requião. A única vez que ele me tratou mal foi quando eu pedi demissão”.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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