terça-feira, 3 de setembro de 2013

Destaque no PIB do 2º tri, indústria tem queda em julho.

Setor teve queda generalizada, com recuo em todas as categorias de produtos, diante de um consumo enfraquecido.
Após uma alta expressiva em junho, a indústria pisou no freio diante de um consumo enfraquecido e o desempenho mais fraco na maior parte dos setores. A produção caiu 2% de junho para julho, iniciando o terceiro trimestre em terreno negativo e sinalizando um resultado mais modesto para o PIB do período.
Em junho, a alta havia sido de 2,1%, segundo dado revisado divulgado pelo IBGE hoje.
O resultado da indústria ficou abaixo das estimativas das instituições de mercado, que previam uma queda pouco superior a 1%, em sua maioria. 
Na comparação com julho de 2012, a produção cresceu 2%. De janeiro a julho, o setor soma uma alta de 2%.Em 12 meses encerrados em julho, a taxa acumulada ficou em 0,6%.

Sob a ótica da produção, o PIB do segundo trimestre surpreendeu e cresceu 1,5% impulsionado pela indústria (que no cálculo do PIB inclui outros segmentos que não são pesquisados mensalmente pelo IBGE, como a construção civil e a geração de energia).
Analistas esperam, porém, que a indústria fique estagnada no segundo trimestre.
Queda generalizada
Pelos dados do IBGE, nota-se uma queda generalizada da produção industrial, que atingiu todas as categorias de produtos.
Prejudicada pelo tombo da indústria automobilística, que em julho mais do que devolveu o crescimento de junho (1,8%), a de bens duráveis teve a maior retração de junho para julho (-7,2%).
A segunda redução mais expressiva -de 3,3%- ficou com bens de capital (máquinas e equipamentos destinados a investimentos em aumento da capacidade de produção, transporte, energia, agropecuária e outros), que vinha de um saldo positivo nos últimos meses e mostrava-se a categoria mais dinâmica. 
O bom desempenho até junho foi um dos principais pilares de sustentação do PIB do primeiro e segundo trimestres.

Também registraram retração os bens de consumo semi e não duráveis (-1,5% de junho para julho) na esteira da menor produção de remédios e alimentos. Já os bens intermediários (insumos, peças e matérias-primas usadas na fabricação de produtos de consumo final) apresentaram o menor recuo -0,7%.
Setores
Dentre os setores com quedas mais relevantes para o índice da indústria geral de junho para julho, destacam-se veículos automotores (-5,4%), farmacêutica (-10,7%), borracha e plástico (-4,5%), celulose e papel (-3,6%), além de alimentos (-1,4%).
Já as altas de destaque ficaram com refino de petróleo e álcool (3,3%).
Fonte: FolhaPress

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