Setor teve queda generalizada, com recuo em todas as categorias de produtos, diante de um consumo enfraquecido.
Em junho, a alta havia sido de 2,1%, segundo dado revisado divulgado pelo IBGE hoje.
O resultado da indústria ficou abaixo das estimativas das instituições de mercado, que previam uma queda pouco superior a 1%, em sua maioria.
Na comparação com julho de 2012, a produção cresceu 2%. De janeiro a julho, o setor soma uma alta de 2%.Em 12 meses encerrados em julho, a taxa acumulada ficou em 0,6%.
Sob a ótica da produção, o PIB do segundo trimestre surpreendeu e cresceu 1,5% impulsionado pela indústria (que no cálculo do PIB inclui outros segmentos que não são pesquisados mensalmente pelo IBGE, como a construção civil e a geração de energia).
Analistas esperam, porém, que a indústria fique estagnada no segundo trimestre.
Queda generalizada
Pelos dados do IBGE, nota-se uma queda generalizada da produção industrial, que atingiu todas as categorias de produtos.
Prejudicada pelo tombo da indústria automobilística, que em julho mais do que devolveu o crescimento de junho (1,8%), a de bens duráveis teve a maior retração de junho para julho (-7,2%).
A segunda redução mais expressiva -de 3,3%- ficou com bens de capital (máquinas e equipamentos destinados a investimentos em aumento da capacidade de produção, transporte, energia, agropecuária e outros), que vinha de um saldo positivo nos últimos meses e mostrava-se a categoria mais dinâmica.
O bom desempenho até junho foi um dos principais pilares de sustentação do PIB do primeiro e segundo trimestres.
Também registraram retração os bens de consumo semi e não duráveis (-1,5% de junho para julho) na esteira da menor produção de remédios e alimentos. Já os bens intermediários (insumos, peças e matérias-primas usadas na fabricação de produtos de consumo final) apresentaram o menor recuo -0,7%.
Setores
Dentre os setores com quedas mais relevantes para o índice da indústria geral de junho para julho, destacam-se veículos automotores (-5,4%), farmacêutica (-10,7%), borracha e plástico (-4,5%), celulose e papel (-3,6%), além de alimentos (-1,4%).
Já as altas de destaque ficaram com refino de petróleo e álcool (3,3%).
Fonte: FolhaPress
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