quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Snowden recebe asilo temporário por um ano e deixa aeroporto em Moscou.

Informações são do advogado Anatoli Kucherena, que presta assessoria jurídica para o ex-técnico da CIA que revelou as ferramentas de espionagem de telecomunicações dos EUA.

O ex-técnico da CIA Edward Snowden entrou nesta quinta-feira (1º) em território russo e recebeu asilo temporário por um ano para ficar no país, anunciou seu assessor jurídico, o advogado Anatoli Kucherena.
Pouco antes, Snowden recebeu de Kucherena os documentos necessários para sair da zona de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo, onde permaneceu por mais de um mês.
"Entreguei o certificado sobre a concessão de asilo temporário por um ano na Federação da Rússia", disse Kucherena, que explicou que o documento permite ao ex-técnico da CIA se deslocar livremente pelo país.
O advogado não quis revelar à imprensa para onde Snowden foi após sair do aeroporto. "Imagino, mas não posso dizer por questão de segurança", disse à agência "Interfax", ressaltando que Snowden "é um dos homens mais procurados do mundo".
Kucherena se limitou a dizer que o jovem americano, requerido pela Justiça de seu país por revelar uma trama de espionagem em massa das comunicações pelos serviços secretos americanos, foi para um "lugar seguro".
O advogado acrescentou que "o tema da segurança é muito importante para ele".
"O coloquei em um táxi e fui fazer minhas coisas", disse Kucherena, citado pela agência "RIA Novosti".
Segundo o portal Wikileaks, Snowden deixou o Sheremétievo acompanhado por Sarah Harrison, que esteve com ele desde sua fuga de Hong Kong.
O ex-técnico da CIA chegou ao aeroporto de Sheremétievo no dia 23 de junho em um voo procedente de Hong Kong, de onde fugiu depois que os Estados Unidos solicitaram sua extradição às autoridades chinesas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, descartou a extradição de Snowden a pedido de Washington, mas condicionou a concessão de asilo temporário a Snowden a que este pusesse fim a toda atividade que possa prejudicar os interesses dos Estados Unidos.
Fonte: EFE

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