Ciclista radicado no Paraná é um dos poucos brasileiros a competir nas principais provas de estrada profissionais do circuito europeu.
Hudson Malta / Divulgação
Rafael Andriato sonha em brigar no primeiro pelotão nos Jogos do Rio
Após a decepção de ficar fora da Olimpíada de Londres, 2013 tem sido um bom ano para o ciclista paulista radicado em Maringá Rafael Andriato. Aos 25 anos, ele é um dos poucos brasileiros a competir as principais provas de estrada profissionais do circuito europeu. Até agora foram 65 provas na temporada. Defendendo a equipe italiana Farnese Vini/Selle Itália, disputou o Giro d’Itália e conquistou duas premiações (melhor fuga e das metas volantes), marcando o nome do Brasil na competição.
Em seu segundo ano no ciclismo profissional europeu, ele conta que a opção por investir na carreira entre os melhores ciclistas do mundo foi motivada pelo sonho de competir uma Olimpíada com chance de se destacar no primeiro pelotão. Para os Jogos de Londres, foi justamente a transferência para o Velho Mundo que o tirou do páreo. O Brasil competiu com três ciclistas (Murilo Fischer, Magno Nazaret e o paranaense Gregolry Panizo) e um dos critérios adotados pela União Ciclística Internacional (UCI) para o ranking olímpico foram os pontos somados nas disputas continentais. Correndo na Europa, Andriato pouco pontuou nas Américas.
“Toda a chateação por não ter sido convocado [até conhecer a lista dos brasileiros chamados para os Jogos-2012, Rafael Andriato havia programado seu calendário, abrindo mão de algumas provas com sua equipe, pensando no circuito pelas ruas de Londres] já passou. Agora, quero buscar meus pontinhos. Se o critério de classificação da UCI para os Jogos do Rio permanecer o mesmo, vou conversar com minha equipe para me liberar para mais provas na América do Sul, correr com a seleção brasileira para pontuar mais”, projeta.
O ciclista passou boa parte do mês de agosto no Brasil, em um período de descanso interrompido para correr a Volta da Venezuela e o Campeonato Brasileiro de ciclismo de pista, em Maringá, onde foi campeão da prova de Scratch (disputada por todo o pelotão, sem eliminatórias). “Estou fazendo uns treinamentos específicos de velocidade para o segundo semestre e o campeonato brasileiro serviu para agregar ritmo nos meus treinamentos.”
Depois da “folga” das últimas semanas, o ciclista esteve na Europa para o Tour de Limousin e a Classic de l’Indre Classics, prova na qual foi campeão em 2012. “Minha presença foi uma exigência da organização da prova para convidar minha equipe”, conta – e então retornou ao Brasil com a Farnese Vini/Selle Itália para disputar o Tour do Rio, onde venceu ontem a segunda etapa. “É uma prova que gosto, conquistei a vitória de uma etapa em 2011 e é bom correr em casa, coisa que não tem acontecido muito nos últimos anos e, claro, sendo o primeiro ano do ciclo olímpico, começar a mostrar meu trabalho desde já”, diz.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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