quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Atendimento em hospitais volta ao normal após dois dias de paralisação.

Principais hospitais e unidades de saúde da capital atendem normalmente todas as consultas. Médicos mantêm estado de greve, mas não preveem paralisações para os próximos dias.

Após dois dias de paralisação nacional dos médicos, os hospitais e unidades de saúde de Curitiba voltaram a atender normalmente nesta quinta-feira (1º). As principais instituições de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) relatam que nesta manhã estão sendo atendidos tanto urgência e emergência quanto pacientes eletivos – considerados com menos urgência no atendimento.
Confirmaram que funcionam sem transtornos o Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Cajuru e o Trabalhador. As unidades de saúde da capital, conforme a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, também voltaram ao normal. A previsão, em algumas entidades, é que demore até um mês para que as pessoas que deixaram de realizar seus procedimentos eletivos tenham atendimento.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que ainda não há uma previsão de novas paralisações. Manifestações devem ser realizadas no próximos dias, no entanto. De sexta-feira (2) à tarde até quarta-feira (7) pela manhã, médicos fazem medição de pressão e outros exames básicos enquanto panfletam e falam aos curitibanos sobre os motivos dos protestos. Ainda não foi definido o horário exato da ação, que ocorre na Boca Maldita e, no domingo apenas, na feira do Largo da Ordem.
Balanço de paralisação
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e as principais instituições hospitalares da capital confirmaram que a maior parte dos atendimentos eletivos – considerados não urgentes – foi suspensa durante a terça (30) e quarta-feira (31). No Hospital Evangélico, 90% dos atendimentos eletivos foram suspensos e remarcados para os outros dias. No Hospital Cajuru, cerca de 500 consultas eletivas foram transferidas. No Hospital de Clínicas (HC), apenas alguns ambulatórios atenderam e de modo parcial. No Hospital do Trabalhador também houve reflexos, com algumas especialidades sem atendimento durante os dois dias.
Manifestação
Os médicos se reuniram em protesto nesta terça (30) e quarta-feira (31) na Praça Rui Barbosa, Centro de Curitiba para coletar assinaturas em um manifesto que será apresentado na semana que vem, ao Congresso Nacional. O texto aponta que a categoria é contra a aprovação da Medida Provisória (MP) 621, que cria o programa Mais Médicos, e a suspensão dos vetos impostos pela presidente Dilma Rousseff à lei do chamado Ato Médico.
O movimento também tinha como objetivo, com os atos públicos, explicar à população as possíveis distorções destas medidas tomadas pelo governo federal. O manifesto é organizado em conjunto pela Associação Médica do Paraná (AMP), o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) e o Conselho Regional de Medicina (CRM).
Reivindicações
Os protestos se dirigem, principalmente, contra três posicionamentos recentes do governo federal: osvetos da presidente Dilma a alguns pontos do chamado Ato Médico; à medida provisória que aumenta para oito anos o tempo do curso superior de medicina; e à não exigência de que médicos estrangeiros passem pelo exame de revalidação do diploma, o Revalida.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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