Para estar nessa categoria, cidades precisam obter IDH-M superiores a 0,800. É a primeira vez que municípios paranaenses conquistam essa média.
Apenas duas cidades paranaenses podem ser consideradas com nível "muito alto" de desenvolvimento humano. De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, organizado pelo Programa nas Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud) - e cuja versão 2010 foi divulgada nesta segunda-feira (29), para estar nessa categoria, é preciso que as cidades tenham índices superiores a 0,800. Em todo país, são 44 cidades com essa classificação, a maior parte nos estados de São Paulo e Santa Catarina. No Paraná, apenas Curitiba (0,823) e Maringá (0,808) atingiram esse resultado.
Para compor o IDH-M, são analisados os índices de longevidade, educação e renda. No caso das cidades paranaenses, o quadro é praticamente o mesmo. Tanto Curitiba quanto Maringá possuem o maior índice no que diz respeito à expectativa de vida dos moradores e renda per capita, com valores superiores a 0,800. O menor valor é atribuído à educação, que é ainda é considerado alto, porque fica na faixa entre 0,700 e 0,799.
Apesar de contar com apenas duas cidades com muito alto índice de desenvolvimento, o resultado do estado é positivo, no geral. O Paraná tem 236 municípios com índices entre 0,700 e 0,799, considerado alto desenvolvimento, o que significa que 59,15% das cidades estão nessa faixa. Há ainda 157 municípios com médio desenvolvimento (entre 0,600 e 0,699) e apenas quatro com baixo desenvolvimento (0,500 a 0,599).
Evolução
Alcançar esse patamar revela uma evolução no desenvolvimento brasileiro. Em 1991, nenhuma cidade alcançava sequer um índice de alto desenvolvimento: apenas 43 municípios estavam no nível médio, com notas entre 0,600 e 0,699. Por outro lado, a maioria das cidades brasileiras eram consideradas de muito baixo desenvolvimento humano: eram 4.777 municípios com índices até 0,499.
Em uma década, o panorama começou a mudar. São Caetano do Sul, em São Paulo, despontou como a cidade com maior IDH-M do país, posição que mantém até agora, 20 anos depois da primeira medição, em 1990. Ao longo dessas duas décadas, o que se observou foi a diminuição das cidades com índices de muito baixo desenvolvimento, com uma concentração de municípios nas zonas de médio desenvolvimento.
No entanto, a divisão regional mostra que o desenvolvimento não ocorre no país de forma uniforme. Enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste não possuem nenhuma cidade com índice de desenvolvimento muito baixo (abaixo de 0,499), no Norte e Nordeste não há sequer um município com IDH-M muito elevado (acima de 0,800).
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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