A conservadora Liga Muçulmana (PML-N) de Hussein mostrou absoluto domínio da política paquistanesa com a vitória desta terça-feira (30).
Mamnún Hussein, um empresário do setor têxtil, foi eleito nesta terça-feira (30) por arrasadora maioria presidente do Paquistão em uma votação parlamentar, e sucederá Asif Alí Zardari, viúvo da falecida ex-primeira-ministra Benazir Bhuto.
Hussein, segundo a apuração parcial divulgada pela imprensa por volta das 16 horas locais (8 horas de Brasília), alcançou maioria arrasadora nas câmaras federais e em pelo menos dois dos Parlamentos regionais e também ganhou na região oriental do Punyab.
O novo presidente, que os resultados parciais já apontam que tem mais de 400 votos venceu o rival, o ex-magistrado Wajihudín Ahmed, com 100, tanto nas duas câmaras do Parlamento federal como nas assembleias de Baluchistão (oeste) e Sind (sul).
O ex-magistrado Ahmed só venceu na Assembleia da noroeste Khyber Pakhtunkhwa, onde seu partido, o "PTI", tem maioria.
A conservadora Liga Muçulmana (PML-N) de Hussein mostrou absoluto domínio da política paquistanesa com a vitória de hoje, que praticamente fecha o processo eleitoral iniciado em maio passado com as eleições legislativas.
A eleição presidencial, da qual participaram quase 700 parlamentares, foi boicotada por cerca de 200 deputados de diversas forças opositoras com o Partido Popular (PPP).
O PPP argumentou que a súbita mudança da data da votação, anunciada a princípio para 6 de agosto, impediu a correta realização do processo e diminuiu as chances dos grupos de oposição.
O novo chefe de Estado é de perfil político discreto, mas esteve na PML-N ao lado do atual primeiro-ministro, Nawaz Sharif, durante décadas.
Diversos veículos de imprensa locais destacaram nos últimos dias que a eleição de Mamnún como candidato de seu partido se deve em parte a sua fidelidade a Sharif, que pretende ter na presidência alguém afim que lhe garanta estabilidade institucional.
Após a reforma constitucional impulsionada durante o mandato passado pelo governo do PPP a figura de presidente ficou limitada a um papel simbólico e de representação do Estado, sem atributos de governo.
Fonte: EFE
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