quarta-feira, 31 de julho de 2013

Funcionários da Infraero iniciam greve no Afonso Pena.

Expectativa do sindicato é ter adesão de 95% da categoria. Volume de voos atrasados ou cancelados está dentro da média.

Funcionários da Infraero deflagaram uma greve por tempo indeterminado no início desta quarta-feira (31) em diversos aeroportos do país, entre eles o Afonso Pena, em São José dos Pinhais. A informação é do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), que relatou nesta manhã ter a expectativa de contar com 95% de adesão da categoria ao longo do dia. Até as 8 horas, houve dois atrasos e dois cancelamentos entre os 17 voos programados para o terminal aéreo - volume dentro da média do terminal e sem relação com o protesto, segundo a assessoria do aeroporto.
Os grevistas são trabalhadores vinculados diretamente à Infraero. Integram a lista os fiscais de pátio, servidores do Terminal de Cargas, de engenharia e trabalhadores administrativos. O Sina estima que haja 300 trabalhadores no terminal que serve Curitiba e região. Do início da greve até o começo da manhã, o diretor da entidade, Wilson Vieira de Souza, estimava que 100 empregados estavam de braços cruzados.
“Temos vários turnos com o pessoal entrando em vários horários. Ao longo do dia, vamos reunir todos os setores, incluindo os funcionários administrativos, para fazer um apitaço dentro do aeroporto. Durante a madrugada ficamos no pátio.”
Souza diz que a intenção é fazer um ato que não impeça passageiros de acessar as plataformas de embarque e desembarque. Mesmo assim, o dirigente admite que é possível que ocorram transtornos aos passageiros. “Nossa intenção é fazer manifestação pacífica, agora atrasos vão ser consequência da nossa greve. Mas não posso garantir nada, como a Infraero não tem avião, quem sabe de atrasos e cancelamentos são as companhias aéreas.”
Reivindicações
O Sina promove a greve por tempo indeterminado em todo o país, com estimativa de que 13 mil funcionários participem do movimento. Segundo o sindicato, a categoria está em negociação por melhores condições salariais desde abril, com a principal reivindicação de reajuste de 16% nos salários e mais benefícios, como auxílio-creche. Segundo os sindicalistas, os funcionários trabalham com salários atrasados e tiveram benefícios de assistência médica reduzidos.
A Infraero, por sua vez, nega as acusações de atraso nos salários e corte de benefícios e afirma que está em negociação com a categoria. O posicionamento foi feito em nota, divulgada nesta terça-feira (30), no qual a empresa estatal afirmou também que já tinha preparado um plano de contingência "para manter os serviços essenciais e a operacionalidade dos aeroportos, a fim de que não haja impacto".
Fonte: Jornal Gazeta do Povo/Agência Estado

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