segunda-feira, 3 de junho de 2013

Indígenas ocupam sede estadual do PT em Curitiba.

Eles reclamam da suspensão de 11 processos de reconhecimento de terras indígenas no estado pela ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Atividades do partido no local foram suspensas.

Representantes da população indígena do Paraná ocupam a sede estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) emCuritiba nesta segunda-feira (3). A organização do protesto relata que as 8 horas cerca de 30 pessoas entram no escritório, que fica na Alameda Princesa Isabel, no bairro São Francisco, com o objetivo de suspender as atividades no local durante um dia. Eles reclamam da postura da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), em relação à titulação de terras indígenas no Paraná.
De acordo com um dos líderes do movimento, que disse não poder revelar o seu nome, a ministra suspendeu 11 processos de reconhecimento de terras indígenas chamados de portarias declaratórias. Esses documentos antecedem o reconhecimento de fato de uma determinada reserva indígena.
O processo inicia com esse documento e segue um trâmite de laudos técnicos e estudos antropológicos até que um determinado terreno seja reconhecido como indígena. Esse trâmite pode levar até 20 anos, segundo o líder do movimento.
Os índios que estão no local viajaram durante a madrugada para Curitiba em um ônibus, que partiu da Região Sudoeste do Paraná. Eles dizem que a mobilização faz parte de uma mobilização de toda a Região Sul do Brasil, local onde está a maior parte dos terrenos indígenas. Eles prometem que nos próximos meses farão uma mobilização ainda maior para que o governo se sensibilize com a questão da demarcação das terras.
De acordo com os manifestantes, hoje, no estado, existem cerca de 18 mil indígenas. São reconhecidas oficialmente no Paraná 12 reservas, a maioria delas no Norte e no Sudoeste. Outras 11 terras – que são alvo da suspensão das portarias – estão em fase de disputa.
Partido dos Trabalhadores
A assessoria de imprensa estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) informou que o escritório está mesmo ocupado, mas por cerca de 15 indígenas. Não haverá atividades nesta segunda-feira (3), mas, conforme o órgão, não havia nenhum evento especial marcado no local. Membros do partido devem conversar com os indígenas durante o dia para tentar estabelecer uma negociação e o partido espera resolver o impasse nas próximas horas.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Casa Civil por volta das 10 horas, para ouvir a ministra Gleisi Hoffmann sobre o assunto, e aguarda retorno.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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