sexta-feira, 26 de abril de 2013

Novo técnico paranista terá cenário desafiador pela frente.

Substituto de Toninho Cecílio no comando do Paraná deve conviver com as mesmas limitações que irritaram o antecessor.

Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Hugo Harada/ Gazeta do Povo / Enquanto o novo treinador não chega, é o auxiliar Ednélson quem comanda o Paraná
Enquanto o novo treinador não chega, é o auxiliar Ednélson quem comanda o Paraná
O novo técnico que assumirá o Paraná substituindo Toninho Cecílio, que acertou sua saída na manhã dessa quinta-feira (25), terá de enfrentar o mesmo cenário que custou o cargo de seu antecessor. Em nota oficial, o treinador alegou diferenças de filosofia com a cúpula tricolor como motivo principal de seu pedido de demissão, incluindo pouca autonomia na montagem do elenco.
Na véspera da eliminação da Copa do Brasil, com derrota por 3 a 2 para o São Bernardo, o treinador desabafou. Disse ter participado de apenas 5% do planejamento para 2013 e que em seu método de trabalho contribuiria mais diretamente na contratação de reforços. “Algumas divergências vinham acontecendo desde dezembro. Os indícios recentes de que o clube não demonstrava tanta certeza em querer a continuidade do trabalho e o consequente atraso que isso representava no planejamento da Série B, também foram fatores que pesaram na minha decisão. Todo esse desgaste natural me fez entender que este era o momento correto para a chegada de um novo treinador que possa ainda ter tempo de iniciar o planejamento do clube para o restante da temporada 2013”, declarou o agora ex-técnico do Paraná. Com Cecílio, saiu também o preparador físico Emerson Buck, que confirmou o desgaste.

A diretoria paranista deixou para se posicionar sobre a troca do comando somente hoje, em entrevista coletiva, depois do treino da manhã. Da mesma forma, preferiu não se manifestar sobre o perfil desejado para o substituto. O que está evidente é que o novo técnico terá de conviver com a mesma limitação de poder rejeitada por Toninho Cecílio. Até porque, apesar de o alto escalação tricolor negar, a busca por novas peças para o plantel já vem sendo executada nos bastidores. Assim, o pacote para a Série B estará praticamente pronto para quem assumir a prancheta na Vila Olímpica, independentemente do nome.
Esse novo treinador deverá chegar até a próxima quinta-feira, dia 2, quando o elenco se reapresenta – todos terão alguns dias de folga após o fim do segundo turno do Estadual, domingo. Serão 24 dias até a estreia no Nacional, contra o ABC, fora de casa.
Pouco tempo para conhecer os jogadores, inclusive os possíveis reforços, e dar um padrão de jogo ainda não visto na equipe. Entre os mais cotados para assumir o desafio estão três “jovens”: Dado Cavalcanti, do Mogi Mirim; Sandro Forner, do J. Malucelli; e Claudio Tencatti, do Londrina. Como os três têm partidas pendentes neste fim de semana, há boas possibilidades de o Paraná aguardar até a semana que vem para oficializar um acerto.
Correndo por fora, treinadores mais experientes também estão na lista. É o caso de Nedo Xavier e Lori Sandri – este oferecido à diretoria –, ambos atualmente desempregados.
Dessa forma, o Tricolor será treinado pelo auxiliar técnico Ednélson Conceição na última rodada do Paranaense, domingo, às 15h40, contra o Paranavaí, levando a campo um time formado basicamente por pratas da casa.


Fonte: Jornal Gazeta do Povo

Nenhum comentário: