sexta-feira, 26 de abril de 2013

Argentina cogita limitar gasolina para estrangeiros.

Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
Christian Rizzi/ Gazeta do Povo / Em Puerto Iguazú, gasolina está mais barata, R$ 2,35
Em Puerto Iguazú, gasolina está mais barata, R$ 2,35

Com gasolina em falta em todo país, os argentinos já pensam em frear a corrida de paraguaios e brasileiros aos postos de Puerto Iguazú, fronteira com Foz do Iguaçu. Um projeto aprovado pela Câmara de Vereadores determina que os postos de combustíveis tenham filas diferenciadas para estrangeiros. A proposta precisa ser sancionada pelo prefeito Marcelo Horacio Sanchez para entrar em vigor. 

Além da fila, os vereadores também propõem que os frentistas se limitem a encher o tanque dos carros e não vendam gasolina em galões, usados pelos contrabandistas para levar combustível escondido ao Brasil e Paraguai.

Na balança cambial, quem leva mais vantagem são os paraguaios. Em Ciudad del Este, há postos que comercializam o litro por até R$ 3,80. Já em Puerto Iguazú, o preço ofertado é de aproximadamente R$ 2,35. Para os brasileiros, a diferença é menor. Em Foz do Iguaçu, o litro varia de R$ 2,88 a R$ 3,059. Mesmo assim, muitos brasileiros que frequentam restaurantes e supermercados em Puerto Iguazú aproveitam para abastecer, apesar de serem obrigados a esperar mais de trinta minutos na fila e quase 40 minutos para cruzar a aduana entre os dois países.
A polêmica em torno da gasolina se instalou nas últimas semanas, após a planta da YPF, no município de Ensenada, próximo a La Plata, ter sido atingida por um incêndio. Em razão do acidente, o abastecimento no país ficou irregular e só deve se normalizar em meados de junho. Com isso, nem todos os quatro postos de Puerto Iguazú têm gasolina todos os dias. E naqueles onde o combustível está disponível, não faltam filas.
Para o frentista Pedro Kozak, a proposta dos vereadores não deve funcionar . “Será preciso uma pessoa para controlar os estrangeiros”, diz.
No auge da ‘invasão’ de brasileiros nos cinco postos de combustíveis de Puerto Iguazú, há cerca de três anos, havia diferenças no atendimento e preço. Os brasileiros precisavam frequentar uma fila exclusiva, para não atrapalhar o atendimento dos argentinos, e pagavam um preço superior.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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