sábado, 14 de abril de 2012

Engarrafados na Linha Verde em Curitiba.

Pela manhã ou no fim da tarde, quem tem de utilizar a antiga BR-116 encara dois pontos com paradas que fatalmente atrasam o deslocamento dos motoristas.

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Trafegar pela Linha Verde, em Curitiba, no horário de pico pode não ser a melhor escolha para os motoristas que seguem do Tarumã para o Jardim Botânico e também para quem vai do bairro Fanny ao Prado Velho. A reportagem da Gazeta do Povo circulou ontem pela Linha Verde entre 7h45 e 9h30 – do Bairro Alto até o Pinheirinho e depois do Pinheirinho para o Bairro Alto – e encontrou dois gargalos.
O trajeto teve início no Bairro Alto, nas proximidades do Hospital Vita, em direção ao Pinheirinho, às 7h45. O tráfego estava alto, mas fluiu normalmente até o Tarumã. O primeiro problema encontrado pela reportagem ocorreu pouco antes do viaduto sobre a Avenida Victor Ferreira do Amaral. A partir desse ponto o trânsito estava bastante lento e a velocidade não ultrapassou os 20 km/h. Os motoristas encontravam duas faixas para trafegar e havia obras pelo caminho.

O congestionamento seguiu até o viaduto da Linha Verde sobre a Avenida Prefeito Lothário Meissner, no Jardim Botânico. O trecho de aproximadamente dois quilômetros entre os dois viadutos demorou cerca de 13 minutos para ser percorrido. Após o viaduto do Jardim Botânico, já com três faixas, o trânsito em direção à região Sul da cidade normalizou e foi possível atingir os 60 km/h.
A seguir, os trechos nas proximidades do Colégio Medianeira e do Trevo da PUCPR estavam fluindo normalmente. Por volta das 8h10, porém, foi possível observar que havia lentidão no sentido contrário (Xaxim-Prado Velho). O percurso seguiu até o Pinheirinho e foi encerrado nas proximidades da Rua Marechal Otávio Saldanha Mazza, às 8h32. O trajeto de cerca de 16 quilômetros – do Bairro Alto ao Pinheirinho – foi feito em 35 minutos (já descontadas as paradas feitas durante o trajeto para os registros fotográficos).
Sentido contrário
No retorno do Pi­­nheirinho para o Bairro Alto, a partir das 8h40, o tráfego pela Linha Verde fluiu normalmente até o bairro Fanny. A partir desse trecho, os semáforos da região deixaram o trânsito lento e provocaram várias paradas.
O tráfego “travou” 300 metros antes do cruzamento com a Rua Oliveira Viana por causa do semáforo. A mesma situação ocorreu na esquina com a Rua João Soares Barcelos. O trânsito seguiu bastante lento até o cruzamento com a Avenida Senador Salgado Filho. O trajeto de pouco mais de dois quilômetros levou 14 minutos para ser percorrido.
Após esse ponto, o percurso foi transcorrido sem nenhuma restrição até o Bairro Alto, perto do Hospital Vita. O trajeto de 16 quilômetros foi encerrado às 9h30. Descontadas as paradas, foram gastos 38 minutos para seguir do Pinheirinho até o Bairro Alto na manhã de sexta-feira.
Evite
A prefeitura de Curitiba, através de assessoria de imprensa, explicou que o problema no trecho entre os viadutos do Tarumã e do Jardim Botânico – e nos cruzamentos da Linha Verde com a Rua Oliveira Viana e com a Avenida Salgado Filho – concentra-se no horário de pico. E sugere que o motorista evite a Linha Verde e use rotas alternativas nos horários de maior movimento. Segundo a prefeitura, o Setran está fazendo estudos para melhorar o fluxo do trânsito no local, talvez aumentando o tempo do sinal de alguns dos lados em determinado horário do dia, mas ainda não há previsão para que essas mudanças sejam realizadas.
Trincheira tem fila pequena de manhã em semáforo
As mudanças no trânsito ocasionadas pela trincheira Bacacheri-Bairro Alto geraram descontentamento em moradores e comerciantes da região. Um dos principais alvos de reclamações é o semáforo no cruzamento das ruas Gustavo Rattman e Fagundes Varela – logo após a trincheira.
Nos horários de pico, o equipamento deixa o trânsito lento na região. A reportagem esteve no local na manhã de sexta-feira, por volta das 7h40, e constatou a formação de uma pequena fila, porém, não havia congestionamento.
André Franke, gerente de uma casa de frutas no cruzamento, afirmou que o movimento do seu comércio caiu 25% depois que a trincheira foi inaugurada, em 26 de março. “O trânsito para que mora na região ficou complicado. Quem segue pela Gustavo Rattman não tem como parar aqui”, afirmou.
Temporário
A prefeitura de Curitiba afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que a instalação do semáforo logo após a trincheira seria uma solução temporária. Inicialmente a rua teria apenas um sentido, mas, para favorecer os comerciantes e moradores da região, optou-se por fazer mão dupla ali. “Por isso foi colocado o semáforo, para organizar o trânsito do local”, explica a prefeitura por nota. Está planejada outra trincheira no sentido contrário na via, mas ela só deve ser realizada no ano que vem. Após a construção da segunda trincheira o semáforo deve ser retirado do local. 

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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