Durante reunião entre representantes dos dois grupos, movimento LGBT sugeriu a criação de uma pastoral da diversidade no município, mas disse não ter como retirar cartaz polêmico da internet.
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Cartaz mostra raio atingindo símbolo de Maringá
Divulgação/Maringay
Segunda versão do cartaz é mais parecida a CD do Pink Floyd
“No que seria um grande constrangimento [ o encontro entre as duas partes], conseguimos encontrar um espaço de diálogo”, comentou um dos integrantes do movimento LGBT de Maringá e editor do site Maringay, Luiz Modesto. “Juntos, entendemos que o que pode escandalizar não é um cartaz, mas a violência contra o ser humano.”
Modesto confirmou que sugeriu durante a reunião com o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, a criação de uma pastoral da diversidade no Município. “Ele acolheu a ideia e disse que vai levar a proposta para outros bispos”, confirmou.
Cartaz
O arcebispo da Arquidiocese de Maringá pediu que a montagem fosse retirada da internet, o que não é mais possível, porque a imagem foi compartilhada por vários internautas. “Foi uma imagem que mexeu com o sentimento dos católicos, mas que não é mais possível retirar da internet”, disse.
A polêmica imagem foi feita pela ilustradora e designer Elisa Riemer, que é uma das colunistas do site Maringay. A ilustração (que tem duas versões) foi inspirada na capa deDark Side of the Moon, álbum de 1973 da banda de rock Pink Floyd. Na principal imagem do disco, um raio de luz branca incide sobre um prisma, refratando um arco-íris.
Segundo Modesto, a designer fez a imagem para criar um diálogo entre a comunidade LGBT e a igreja, não a polêmica. Apesar das críticas, Modesto elogiou a atitude de Elisa e apontou que o objetivo dela foi concretizado. “Está de parabéns.”
A reportagem tentou contato com Elisa, mas ela não atendeu às ligações. No Facebook, a ilustradora explicou que utilizou a imagem da igreja como se fosse o prisma usado no álbum doPink Floyd. “O prisma tem vários lados e jogando uma luz conseguimos ver todos os caminhos, as sete cores. Imagine que para cada problema você tem sete respostas/caminhos a tomar”.
Na mesma rede social, ela também questionou a polêmica gerada, considerando-a desnecessária. “Não esperava isso tudo. Achei que as coisas seriam mais tolerantes, que seria de fácil compreensão, mas é muita falta de conhecimento”, criticou.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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