segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Hospital São Luiz de Presidente Prudente é vendido para grupo por R$ 30 milhões.

Foto: Sérgio Borges/NoFoco
Hospital foi fundado em 1948; era dirigido pelo doutor Álvaro Cerávolo desde 1964
Hospital foi fundado em 1948; era dirigido pelo doutor Álvaro Cerávolo desde 1964

Após negociações que duraram 30 dias, o Hospital São Luiz de Presidente Prudente foi vendido por R$ 30 milhões ao Grupo Panamby, sediado na Capital. Fundado em 1948, o hospital particular possui 90 leitos, com aproximadamente 250 internações por mês. O comprador promete investir cerca de R$ 50 milhões nos próximos anos e quitar todas as dívidas da unidade.

Este é o primeiro investimento do grupo em Presidente Prudente e também o primeiro no setor hospitalar. Presidido por Chris Almeida, o conglomerado possui empresas de marketing esportivo, usinas de etanol, financeiras, de cosmético, além de jornal, rádio e TV.

"Nós resolvemos depois de um estudo da região e do hospital, além de várias reuniões do conselho. Foi um dos trabalhos [negociações] mais rápidos que o Grupo Panamby realizou. Esse namoro demorou 30 dias, período que nós conseguimos realizar esse negócio", revela o presidente do grupo, em entrevista ao Portal.

O valor do negócio gira em R$ 30 milhões. Mas, segundo Almeida, o dinheiro será injetado para saldar débitos do hospital. "O valor do negócio não dá para precisar muito porque compramos com as dívidas. Os acionistas, infelizmente, não tiveram direito a nada em dividendos devido as dividas serem maiores que o negócio. Assumimos todo o passivo e administraremos da melhor forma", fala.

A pretensão é investir cerca de R$ 50 milhões nos próximos anos, além de ampliar o hospital com a construção de um anexo ao prédio. "Sobre investimentos futuros, estamos pensando em injetar até R$ 50 milhões porque vamos construir ao lado uma torre com 10 pavimentos, duas garagens subterrâneas, onde será a expansão do hospital. Além dos 90 leitos atuais, vamos construir mais 200 ou mais, talvez ainda este ano", projeta.

"O ponto crítico do hospital é a credibilidade junto à população. Nós temos que restaurar a credibilidade e trazer de volta o nome do hospital. Faz parte da história da cidade e região. Depois é pagar os débitos trabalhistas, entre outros, resgatando o crédito no mercado para podermos conquistar linhas de crédito que o governo oferece", diz Almeida.

Fundado pelos irmãos Moacir e Adoniro Cestari, um dos mais tradicionais hospitais da região era dirigido pelo doutor Álvaro Luiz Cerávolo desde 1964. "Não vamos mexer no corpo clínico que é muito bom. O grande buraco é financeiro, mas não é a culpa apenas do hospital, é também do governo devido os altos tributos cobrados. Aqui, o grupo vai olhar com muito carinho as questões trabalhistas, chamando todos para negociar os pagamentos", conclui.


Fonte: Portal Prudentino

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