segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Google lista doenças a partir dos sintomas digitados.

Quem nunca usou o Google pa­­ra pesquisar sobre um sintoma atrás de um diagnóstico? O Google sabe que é muito usado para consultas de termos médicos. Por isso, ele lançou há uma se­­mana um sistema de busca que gera uma possível lista de doen­­ças a partir dos sintomas di­­gitados pelos usuários.

As informações, diz o Google, vêm de sites de confiança. “Nós estamos trabalhando duro para que nossos resultados de busca sejam ainda mais úteis para as pesquisas relacionadas à saúde”, escreveu Roni Zeiger, chefe de estratégia de saúde da empresa.
O Google percebeu que quando as pessoas procuram por um sintoma na verdade estão em bus­­ca de possíveis causas e doenças relacionadas. E o processo de pesquisa por uma possível causa ficou mais fácil.
“A lista gerada pelos nossos algoritmos analisam os dados por meio da web e apresentam re­­sultados de condições de saúde que parecem estar relacionados à sua busca”, escreveu Zeiger.
A mudança acontece logo depois de o Google Health, serviço da empresa especializado em saúde, ser fechado. Lançado em 2008, o Health era uma plataforma que permitia inserir dados de saúde, procurar por médicos e hospitais e até baixar bulas e outras informações. Havia também um glossário de doenças e medicamentos.
Só que, em julho, a empresa anunciou o fim do serviço. “Nós observamos que o Google Health não alcançou o impacto que pensávamos que ele poderia ter”, disse o Google na época. “Houve uma adoção de certos grupos, mas não achamos uma forma de traduzir esse uso limitado em uma adoção maciça na rotina de saúde de milhões de pessoas. Por isso tomamos a difícil decisão de descontinuá-lo.”
O serviço operou até o fim do ano passado. Até 1.º de janeiro de 2013, os usuários poderão recuperar seus dados armazenados – depois da data tudo será permanentemente deletado.
Entrevista
Elen Dekel, fundador do site Medico.com
Ex-Google (foi gerente de produto da empresa por sete anos), Elen Dekel percebeu a carência de um site confiável sobre saúde – especialmente nos países em desenvolvimento. Foi por isso que fundou o Medico.com, que funciona como uma rede social sobre tema, com moderação técnica.
Quais são as maiores dúvidas sobre saúde?
Os tópicos mais populares são diabetes, depressão, câncer, doenças do coração e cirurgia plástica. Isso bate com essas condições na sociedade em geral.
Muita gente usa a internet em vez de ir ao médico. Você se preocupa com isso?
Queremos que o Medico.com seja um complemento à consulta médica. Nunca uma substituição. Nós acreditamos que uma vez que o paciente tem mais informações, ele será cada vez mais ativo em cuidar da própria saúde e poderá trabalhar melhor com o médico.
É possível evitar o autodiagnóstico?
Nós fornecemos uma combinação de informações sobre saúde de alta qualidade que foi escrita e validada por médicos. Também fornecemos uma plataforma para os pacientes compartilharem informações e experiências. Moderamos todas as perguntas e respostas para ter certeza de que ninguém está dando diagnóstico médico no site. Também não há promoção de nenhum remédio ou tratamento.
O Brasil é diferente de outros países nesse aspecto?
Nós estamos muito animados com o Brasil, porque é mercado grande e dinâmico. Em paralelo, o nível socioeconômico de muitas pessoas está crescendo, o que aumenta também as preocupações com a saúde. Além disso, para as pessoas que não podem ir ao médico com frequência, o Medico.com pode ser uma boa fonte de informações gerais.
Fonte: Agência Estado

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