quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Polícia descobre "fábrica de diplomas universitários" em Pinhais.

Mais de 50 diplomas falsificados foram encontrados em residência; segundo a polícia, cada falsificação custava R$ 200.

                                                                                                                                         Policia Civil
               
                 Diplomas, impressora, carimbos e documentos foram apreendidos na residência


Policiais civis de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, descobriram nesta quarta-feira (30) um esquema de falsificação e venda de diplomas universitários. Segundo o delegado Fábio Amaro, a “fábrica clandestina” funcionava em uma residência localizada no Jardim Weissópolis.

Duas pessoas foram presas em flagrante. A polícia vai ampliar as buscas para chegar aos compradores dos diplomas falsos. “É até difícil quantificar os diplomas frios que estão circulando e é difícil dimensionar o impacto disso”, disse o delegado.

                                                                                                       Policia Civil
              
               O casal foi preso em flagrante e vai responder por estelionato e falsificação de documentos


Depois que a polícia descobriu o esquema, a Vara Criminal de Pinhais expediu um mandado de busca e apreensão na casa onde funcionava a fábrica, na Rua Rio Paranapanema. Segundo o delegado, no local foram encontrados mais de 50 diplomas falsificados, já preenchidos com os nomes das pessoas que haviam comprado a fraude. Os acusados também mantinham mais de 30 carimbos, com nomes de diretores de universidades. 

Eram produzidos diplomas de instituições como Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), além de universidades públicas do Rio de Janeiro e da Bahia. “Não só diplomas de graduação eram fraudados, como também títulos de pós-graduação e mestrado”, disse o delegado.

Como agiam
De acordo com as investigações, assim que uma pessoa solicitava o serviço, os estelionatários conseguiam a matriz do diploma de determinada instituição pesquisando na internet ou por meio de ex-alunos dessas universidades. Os diplomas eram impressos na residência e, posteriormente, eram autenticados em um cartório de Pinhais. “Há suspeitas de que este cartório esteja envolvido no esquema”, afirmou Amaro.

Na casa também foram encontrados vários RGs e CPFs. O delegado acredita que os documentos pertençam a pessoas que “contrataram os serviços” da fábrica clandestina. “Essas pessoas também serão indiciadas por falsificação de documentos”, disse o delegado.

Os responsáveis pela residência foram identificados como Eloine de Souza, de 39 anos, e Luiz Camargo Pinheiro, de 38 anos. Eles são marido e mulher e foram indiciados por estelionato e falsificação de documentos. Camargo também vai responder por posse ilegal de munição (foram encontrados cartuchos de calibre 7.62, de uso restrito das Forças Armadas).

Em depoimento, Eloine confessou o crime e, segundo o delegado, disse que cobrava R$ 200 por diploma falsificado. “Ela disse que agia há seis meses e que, nesse período, fabricou cerca de 30 diplomas. Evidentemente, acreditamos que o número de falsificações seja muito maior”, afirmou Amaro.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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