Cientistas disseram nesta terça-feira que encontraram "pistas intrigantes" do Bóson de Higgs, partícula subatômica que pode ser a matéria-prima do universo.
Denis Balibouse/Reuters
O Grande Colisor de Ádrons usado para a pesquisa do Bóson de Higgs
Cientistas que procuram o Bóson de Higgs - mais conhecido como Partícula de Deus -, uma esquiva partícula subatômica, informaram nesta terça-feira (13) que deram mais um passo na busca pela partícula que pode confirmar a forma como a ciência descreve o universo.
Experiências realizadas no Grande Colisor de Ádrons (LHC), da Organização Europeia para Pesquisas Nucleares (Cern) "reduziram a janela na qual cientistas acreditam que encontrarão o Bóson de Higgs", disser Bruno Mansoulie, pesquisador do Cern.
Os pesquisadores afirmaram ter encontrado "pistas intrigantes", mas não uma prova definitiva, de que a partícula existe, o que aproxima os cientistas da descoberta do que acreditam ser a matéria-prima básica do universo. Os pesquisadores disseram também esperar chegar a uma conclusão sobre a existência ou não do Bóson de Higgs até o ano que vem.
Os últimos dados mostram que a massa de um bóson de Higgs, popularmente conhecido como "Partícula de Deus", provavelmente recai numa faixa especial, na extremidade inferior do espectro que pode ser produzido por esmagamento de prótons no colisor, afirmaram pesquisadores de dois grupos independentes nesta terça-feira.
Os dois grupos disseram que seus dados indicam que a partícula pode ter a massa entre 114 bilhões e 130 bilhões de elétron volts (GeV). Um bilhão de elétron volts tem quase a massa de um próton. A massa mais provável de um Bóson de Higgs é de cerca de 124 bilhões e 126 bilhões de elétron volts, afirmaram os grupos de pesquisa.
O físico britânico Peter Higgs e outros cientistas criaram a teoria da existência da partícula há mais de 40 anos para explicar porque partículas subatômicas - a matéria-prima do universo - têm massa.
Os dois grupos de pesquisa trabalham no Cern, que controla do Grande Colisor de Ádrons, projeto de US$ 10 bilhões instalado na fronteira entre a Suíça e a França. Trata-se de um túnel de 27 quilômetros onde feixes de prótons são enviados para colidir com o outro a altíssimas velocidades.
O Bóson de Higgs é difícil de encontrar não por causa de seu tamanho diminuto, mas porque é difícil de ser criado, disse o físico Howard Gordon, do Laboratório Nacional Brookhaven, em Upton, Nova York, que trabalha para o experimento Atlas.
Físicos promovem a colisão de prótons a uma velocidade muito alta, mas apenas uma minoria das colisões criam Bóson de Higgs. Quanto maior a energia envolvida, mais alta a fração de colisões que produzirão as Partículas de Deus.
Frank Wilczek, ganhador do prêmio Nobel e professor de física do Massachusetts Institute of Technology (MIT), disse que encontrar o Bóson de Higgs vai amarrar uma ponta solta do chamado modelo padrão da física, o que exige a existência de uma partícula como a de Higgs. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Fonte: Agência Estado
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