sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Atletiba decisivo de domingo terá megaoperação policial.

Poder público mobiliza 1.400 policiais para o clássico a fim de evitar tumultos e preservar o estádio da Copa.

Albari Rosa/ Gazeta do Povo
               Albari Rosa/ Gazeta do Povo / Torcedores organizados se reuniram ontem com o comando da Polícia Militar: esquema rigoroso para evitar que as cenas de violência que marcaram o rebaixamento do Coxa em 2009 se repitam
                    Torcedores organizados se reuniram ontem com o comando da Polícia Militar: esquema
                    rigoroso para evitar que as cenas de violência que marcaram o rebaixamento do Coxa em
                    2009 se repitam


Dentro de campo, o Atletiba deste domingo já é considerado um dos maiores de todos os tempos, uma vez que nele estará em jogo a permanência do Atlético na elite e uma vaga na Libertadores-2012 para o Coritiba. Fora das quatro linhas, o duelo também será diferenciado pelo enorme aparato de segurança que irá mobilizar. Somente a força-tarefa da Polícia Militar, de 1.200 homens, já dá o tom da importância da partida. “Será o maior efetivo já usado para o futebol no estado”, revelou o coronel Ademar Cunha Sobrinho, comandante do 1.º Comando Regional da PM, após reunião com as torcidas organizadas dos dois clubes, ontem, em Curitiba. Somando guardas municipais (165) e policiais civis (60), são cerca de 1.400 homens nas ruas.

A preocupação com tumultos e violência no dia do clássico tem uma série de explicações. A primeira é a rivalidade histórica entre as duas equipes, intensificada pela situação dramática do Furacão. A segunda é a lição e o trauma deixados pelo rebaixamento do Coritiba em 2009, quando as autoridades foram muito criticadas por terem subestimado o perigo no Couto Pereira. Há ainda o fato de a cidade receber a Copa de 2014 justamente no palco deste fim de semana – é fundamental mostrar que a capital paranaense tem capacidade para lidar com esse tipo de situação potencialmente explosiva.

Somente na área da Baixada, serão 600 policiais militares e um processo de revista rigoroso na entrada. Isso sem contar os seguranças particulares do clube. Como de costume, cruzamentos em ruas ao redor da casa rubro-negra serão bloqueados, criando um perímetro de segurança. Só entrarão nessa área torcedores com ingressos e moradores da região – a polícia pede que esses carreguem consigo comprovantes de residência para facilitar o acesso.

Ninguém poderá entrar no perímetro com camisas de torcidas organizadas e nem portando bebidas alcóolicas. Torcedores visivelmente embriagados serão levados para o juizado especial montado no interior da praça esportiva. Ali, todos os delitos envolvendo o clássico, não apenas em um raio de 5 km do estádio, como é de praxe, mas na cidade inteira, serão julgados na hora. A estrutura terá dois juízes, quatro promotores e quatro delegados.

A vigilância também será feita pelo alto, com dois helicópteros e uma câmera especial, móvel, com amplo poder de aproximação da imagem e alcance de 360°, situada a 10 metros de altura. “A torre dessa câmera é facilmente desmontável, então podemos mudá-la de lugar rapidamente de acordo com a necessidade”, comentou o coronel Ademar, que testa o aparato de olho em adquiri-lo para a Copa do Mundo.

Organizadas
O encontro da PM com as orga­­ni­­zadas – Ultras, Fanáticos, do Atlético, e Império Alviverde – definiu como será o deslocamento até a Arena no dia do Atletiba. Os coxas se encontrarão no Couto Pereira, de onde serão escoltados a partir das 15 horas. Luiz Fernando Corrêa, o Papagaio, presidente da Império, pediu que os torcedores que não fazem parte da facção, juntem-se a eles nesse ro­­tei­­ro. Do lado oposto, parte dos atleticanos estará na sede da Fanáticos, ao lado da Baixada, des­­de a noite anterior ao duelo. Ou­­­tra parcela da torcida irá de ôni­­bus especial partindo dos terminais da Fazendinha e do Santa Cândida – às 14h30. A Ul­­tras, por sua vez, sairá do terminal do Sítio Cer­­cado às 15h30. Uma das preo­­cu­­pações da polícia é manter a paz entre as duas torcidas rubro-negras. “Temos mais diálogo com a Im­­pério do que com a Ultras. Com eles, não há conversa”, admitiu Júlio César Sobota, presidente da Fanáticos.


Fonte: Jornal Gazeta do Povo



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