Segundo atestado de óbito, Adriana Monteiro, 39, foi vítima de “choque hemorrágico de dengue”, depois de permanecer cinco dias internada no HU. Ela morava na zona sul, região com maior infestação do mosquito da dengue.
A dengue provocou a quinta morte neste ano em Londrina. A auxiliar de odontologia Adriana Monteiro, 39 anos, morreu na segunda-feira (14) depois de permanecer cinco dias internada no Hospital Universitário (HU). Segundo o atestado de óbito, a causa da morte foi “choque hemorrágico de dengue”. Adriana foi enterrada na manhã desta terça-feira (15) em Ibiporã.
A auxiliar de odontologia morava no Jardim Monte Belo, zona sul. De acordo com o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (Lira), divulgado na última sexta-feira (11), a região apresentou o maior índice de 1,02% de infestação do mosquito, superior ao preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de 1%.
O marido de Adriana, Joel Divino Costa, diz que a suspeita da família e de que ela tenha sido picada pelo mosquito no local de trabalho, o campus da Unopar, no Jardim Piza, também na região sul da cidade. “Ela sentiu a picada na sexta-feira e comentou comigo. Na segunda, começou a passar mal e ter dores de cabeça”, disse.
A auxiliar de enfermagem recebeu o primeiro atendimento no Hospital da Zona Sul (HZS), sendo medicada já por suspeita de dengue e liberada. Na terça (8), ela voltou a passar mal e retornou para o HZS. Como o quadro piorou, Adriana foi transferida para o Hospital Universitário.
Ainda chocado com a rapidez da morte da mulher, Joel Costa disse que não sabe o que vai fazer. “A gente tem uma filhinha de dois anos, vou cuidar dela. Mas eu imploro para que as pessoas não deixem o mosquito da dengue proliferar. É preciso cuidar para que isto não torne a acontecer”, pediu.
A gerente de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Sandra Caldeira, informou que já foram coletadas amostras para a realização de exames. Segundo ela, o caso “ainda é tratado como suspeito”. Sandra ressaltou que a população deve continuar o trabalho de prevenção contra os focos do mosquito. De outubro até esta terça-feira (15) foram confirmados cinco casos da doença na cidade. “Estamos em um período de alerta, com chuva e calor a prevenção deve aumentar.”
Em 2011, cinco pessoas morreram vítimas de dengue em Londrina, sendo três por dengue hemorrágica. Em todo o Paraná foram registradas 15 mortes.
Lira
O último Lira mostrou que o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue em Londrina subiu de 0,3% em agosto para 0,7% em setembro. Entre os dias 7 e 11 de novembro, os agentes de saúde vistoriaram 8.750 imóveis.
De acordo com o Lira, a região apresentou índice de infestação de 1,02%, desbancando a região leste, que desde o início do ano era a mais crítica e que agora registrou 0,82% de infestação. Na sequência vem o centro (0,57%) e as regiões norte (0,52%) e oeste (0,49%).
Segundo o coordenador de endemias da Secretária de Saúde, Elson Belisário, a expectativa era de um índice em torno de 2% por conta do período quente e das chuvas. Para ele, o resultado mostra “qualidade das ações de campo”. “A população está atendendo ao nosso apelo”, avaliou. O coordenador disse que os agentes encontraram bastante lixo nos fundos de vale e em terrenos baldios.
Fonte: Jornal de Londrina
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