quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bactéria comum causa morte de criança em Curitiba.

Menina de sete anos morreu por reação severa à bactéria Streptococcus pyogenes. Em Brasília, outras quatro mortes já foram confirmadas.

Uma menina de sete anos morreu em Curitiba, no final do mês de outubro, depois de uma reação severa à bactéria Streptococcus pyogenes. A bactéria, que é bastante comum e causa faringites, se disseminou no sangue da menina e causou a chamada Síndrome do Choque Tóxico. Em Brasília, quatro pessoas – incluindo três crianças – morreram, entre agosto e outubro, por complicações causadas pela bactéria.

Segundo o médico infectologista pediátrico Victor Horácio Souza Filho, do Hospital Pequeno Príncipe, a bactéria pode atingir até 20% da população e, normalmente, coloniza assintomaticamente a região da faringe. O médico explica que a bactéria pode colonizar a garganta e provocar mau hálito e, normalmente, causa doenças como faringites, escarlatina, erisipelas e impetigos.

A menina que morreu em Curitiba teve a Síndrome do Choque Tóxico. “A bactéria no sangue causa febre, mal estar, queda da pressão e insuficiência de múltiplos órgãos. Neste caso, a mortalidade entre crianças, especialmente, é muito alta, passando de 50%”, explica. A evolução da doença na criança foi muito rápida, segundo o médico. Ela morreu quatro dias após apresentar os primeiros sintomas. “Este é um caso isolado, mas a bactéria tem um alto grau de resistência”, diz.

Proteção
Segundo a médica infectologista e coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Juliane Oliveira, a família da criança procurou ajuda médica rapidamente e a menina foi prontamente atendida. “Sabemos que podem ocorrer casos mais agressivos, mas isso não é rotineiro. Foi um caso isolado”, ressalta.

A criança estudava na Escola Municipal Professora Donatilla Caron dos Anjos, no bairro Uberaba. Os pais de outros alunos estiveram na escola na segunda (7) e nesta terça-feira (8), onde receberam orientações de profissionais da Secretaria de Saúde. Com não há risco de surto da bactéria, a escola continuará funcionando normalmente.

Como medida preventiva, a secretaria de saúde está fazendo a avaliação dos contatos mais próximos da menina, que inclui a família e as crianças que estudavam na mesma turma. Profissionais fazem a coleta de material da faringe para avaliar se a pessoa tem ou não a bactéria. Nos casos em que houve contágio, é iniciado um tratamento a base de antibióticos. A secretaria não informou se já houve casos confirmados. Não é preciso isolar o paciente para a realização do tratamento. “Adotamos uma medida mais ampla de proteção. Com 24 horas de uso dos antibióticos, a pessoa já não transmite mais a bactéria”, explica Juliane.

Outros casos
Em Brasília, quatro mortes por causa da bactéria Streptococcus pyogenes foram confirmadas pelas autoridades de saúde do estado entre agosto e outubro. Duas vítimas morreram em agosto: uma menina de 11 anos e uma mulher de 38 anos. Em outubro, as mortes foram de duas crianças, com seis e dez anos.

A Secretaria de Saúde de Brasília decidiu decretar estado de alerta nos hospitais da capital como medida de prevenção à doença, já que não há surto da bactéria. Em 2010, uma situação similar de alerta sanitário foi decretada após a confirmação de um surto da bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), que causou 22 mortes em dez meses.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

A secretaria de saúde deveria se preocupar mais com este caso pois não somente esta menina que faleceu desta bactéria, pois domingo filho de uma grande amiga com 1 ano e 9 meses faleceu assim e já houve mais dois casos em Curitiba que fiquei sabendo porque não investigarem melhor para aletar a população dos riscos é muito fácil falar que é uma caso raro pois não foi filho deles está aqui minha indignação referente a saúde pública de querer amenizar uma coisa tão séria........