quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uniandrade pode perder sede administrativa para pagar dívida.

Decisão judicial determinou entrega do imóvel a consórcio Rodobens, que financiou a construção.

                                                                       Elton Damasio / Agência de Notícias Gazeta do Povo
              Elton Damasio / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade (à esquerda) pode ser usado para quitar dívida da Uniandrade
                   Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade (à esquerda) pode ser usado
                   para quitar dívida da Uniandrade

O Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) pode perder a sede administrativa da instituição no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, para quitar uma dívida de cerca de R$ 16,5 milhões (valores atuais) com a Rodobens Consórcio, empresa que financiou a construção do imóvel. A determinação para que o prédio seja entregue é da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A decisão de reintegração de posse foi determinada no último dia 19, mas somente nesta terça-feira (25) tornou-se pública.

A Uniandrade pode recorrer, mas não foi possível conversar com representantes da empresa até o início da noite desta terça para confirmar se isso será feito e se os alunos podem ser prejudicados de alguma forma.

O campus da Uniandrade no bairro Santa Quitéria tem dois prédios e o que pode ser repassado à Rodobens é o menor deles, chamado de Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade. O outro não estaria envolvido na ação.

O cumprimento da reintegração de posse pode ser autorizado ainda esta semana, de acordo com o advogado da Rodobens na ação, Júlio César Brotto. Segundo ele, a juíza Renata Estorilho Baganha, da 11ª Vara Cível de Curitiba já foi comunicada da decisão e pode pedir a desocupação do imóvel a qualquer momento. “A juíza de primeiro grau já autorizou o reforço policial, caso haja resistência”, disse o advogado.

A dívida
A Uniandrade teria dado o imóvel do prédio administrativo como garantia para utilizar cartas de crédito da Rodobens para financiar a construção do edifício. Segundo Brotto, a dívida era de cerca de R$ 7 milhões. Não foi possível confirmar em que ano ocorreu a negociação. O grupo educacional não teria pago parte das parcelas e os juros, gerando o débito. Brotto, porém, não sabe se o valor atual do imóvel quitará os R$ 16,5 milhões da dívida atualizada. “Nós temos receio que ele (o edifício) não encerre a dívida.”

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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