Reforma do edifício e do entorno é o primeiro passo para a ligação entre o aeroporto e o terminal de Curitiba, uma das principais obras para a Copa do Mundo.
Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Sinal verde para ampliação e execução de melhorias na Rodoferroviária
Com a renovação da cessão do terreno da Rodoferroviária pela União por mais dez anos – em cerimônia ocorrida ontem na prefeitura de Curitiba –, a capital paranaense dá um passo importante para iniciar uma das obras mais importantes para a Copa do Mundo de 2014: o corredor Aeroporto – Rodoviária. Para que as reformas estruturais e do entorno da região saíssem do papel, havia a necessidade de que a liberação da área se estendesse por mais esse tempo. A revitalização, orçada em R$ 36 milhões, tem como objetivo elevar o desempenho operacional, aumentar o conforto para usuários, diminuir os congestionamentos no entorno e tornar o acesso mais inteligente.
De acordo com o prefeito Luciano Ducci, a previsão é iniciar e concluir as obras no ano que vem, sem a necessidade de interromper o atendimento aos usuários. O projeto será encaminhado à Caixa Econômica Federal – responsável pelo financiamento – e, caso o empréstimo seja aprovado, deve ser liberado para a licitação em seguida. “Queremos que as obras comecem no início de 2012. A intenção é criar um modelo diferente de licitação, permitindo trabalho 24 horas, sete dias por semana”, explica o prefeito. A intenção é minimizar os transtornos à população com uma obra mais ágil – ainda mais em ano eleitoral.
O superintendente do Patrimônio da União no Paraná, Dinarte Antonio Vaz, afirma que a obra vai seguir as orientações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – respeitando o projeto original, do arquiteto Rubens Meister. “A União compareceu, colaborando com seus terrenos disponíveis. Não tenho dúvida de que será um grande marco para a cidade”, afirma. Ducci diz que o foco das obras será oferecer mais conforto aos usuários: “A Rodoferroviária será a porta de entrada de muitas pessoas na Copa do Mundo de 2014 e, por esse motivo, precisa ser mais acolhedora”, afirma.
Mudanças
Além da readequação do prédio (veja a lista das mudanças abaixo), as melhorias do entorno preveem a criação de novo acesso para os veículos. Os ônibus oriundos do litoral do estado, de Santa Catarina e de cidades do interior deverão se aproximar pela Rua Dario Lopes dos Santos, diminuindo o índice de veículos da Avenida Affonso Camargo – 400 por dia e mais de mil em feriados prolongados.
Na avaliação do vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR), Orlando Ribeiro, a divisão de acessos vai minimizar os problemas, mas não resolvê-los. “A Rodoviária deveria ser deslocada para a Linha Verde, de preferência próxima à Avenida Marechal Floriano Peixoto. Por mais que se expandam as ruas do entorno, a localização central não é uma posição estratégica”, diz.
A transformação do entorno é vista como o primeiro passo da conexão entre aeroporto e Rodoferroviária, que prevê a construção de um viaduto ligando as avenidas das Torres e Affonso Camargo. “O novo viaduto será construído em outra fase. Iremos executar as obras em etapas para não comprometer o tráfego”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida.
Projeto
Confira as principais mudanças da Rodoferroviária:
Térreo
Construção de área exclusiva para desembarque; acréscimo de quatro elevadores; reforma dos banheiros; implantação de farmácia, comércios e nova central de informações.
Pavimento superior
Novo setor de compra e venda de passagens; implantação de restaurante e praça de alimentação; concentração dos serviços públicos.
Externa
Estacionamento com 278 vagas; espaço exclusivo para táxis; bicicletário e ciclovia.
Estrutura
Substituição da cobertura; reforma das instalações elétricas, hidráulicas, sonorização, iluminação e reaproveitamento das águas pluviais; instalação de equipamentos para divulgação de saída e chegada de ônibus; monitoramento de segurança; criação de 560 assentos na área de embarque.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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