Medida começou ontem e só vale em horários de pico. No primeiro dia, com maior fluidez na via, mudança foi perceptível.
Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Linha Verde em horário de pico, antes e depois da medida: com e sem caminhões
O primeiro dia da restrição de veículos pesados na Linha Verde, em Curitiba, mudou a paisagem do local. Ontem, em vez dos enormes caminhões trancando a passagem e formando filas, apenas carros e poucos caminhoneiros desavisados. Nada comparado com o que era antes. Às 17h30, início do horário de pico, era possível notar lentidão na via – que liga o Pinheirinho ao Atuba –, mas o trânsito tinha muito mais fluidez.
Instituída pela prefeitura para melhorar o trânsito da região, a medida proíbe a circulação de caminhões com capacidade de carga acima de 7 toneladas e comprimento maior do que 7 metros na Linha Verde, entre as 7 horas e 10 horas e entre as17 horas e 20 horas. A restrição só será aplicada em dias úteis. Independentemente do horário, os caminhões só devem usar a faixa da direita. De acordo com a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), o tráfego de caminhões representa 25% do total de veículos que passam pela Linha Verde e eles estão envolvidos em 35% dos acidentes que ocorrem na via.
Instituída pela prefeitura para melhorar o trânsito da região, a medida proíbe a circulação de caminhões com capacidade de carga acima de 7 toneladas e comprimento maior do que 7 metros na Linha Verde, entre as 7 horas e 10 horas e entre as17 horas e 20 horas. A restrição só será aplicada em dias úteis. Independentemente do horário, os caminhões só devem usar a faixa da direita. De acordo com a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), o tráfego de caminhões representa 25% do total de veículos que passam pela Linha Verde e eles estão envolvidos em 35% dos acidentes que ocorrem na via.
Para a diretora de Trânsito da Urbs, Rosangela Battistella, é normal que no primeiro dia ainda existam alguns desavisados, mas a tendência é melhorar nos próximos dias. Ontem, agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) estavam posicionados ao longo da via orientando os caminhoneiros. “As multas começarão a ser aplicadas na próxima segunda-feira”, explica Rosangela. Além da Diretran, a Polícia Rodoviária Federal também vai ajudar na fiscalização.
Alguns caminhoneiros ouvidos pela Gazeta do Povo reclamaram da falta de sinalização e informação. “Eu não vi nenhuma placa informando nada e não recebi panfleto”, diz Roberto Leonir Brando, 47 anos, que estava com uma carga de cimento. Segundo a Urbs, 50 placas informativas estão instaladas nas transversais e nos acessos da Linha Verde. E, na última semana, 100 mil panfletos foram distribuídos.
O tráfego de caminhões fora do horário permitido é uma infração prevista no artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro. Trafegar em faixa não permitida é infração prevista no artigo 185. Nos dois casos, é infração média, com quatro pontos na carteira e multa no valor de R$ 85,13.
Alternativas e reclamações
Para os veículos que não precisam passar pela avenida ou entrar em Curitiba, a alternativa é usar os contornos que existem nas rodovias e foram criados com o propósito de desviar o fluxo de caminhões. De acordo com Rosangela, o ideal é que o caminhoneiro evite chegar até a Linha Verde para depois desviar.
Para o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná, Fernando Klein Nunes, a busca por caminhos alternativos e a restrição de horários vai trazer prejuízos. “Antes, nós tínhamos horário livre, agora teremos que coordenar as entregas com base neste período. Teremos queda de produtividade”, protesta.
Sobre os caminhos alternativos, Klein diz que eles existem, mas são complicados. “Vamos ter que passar por ruas menores, ruins, perder velocidade. Do ponto de vista logístico, é um péssimo negócio”, explica. Battistella lembra que apenas a Linha Verde tem restrições. “As paralelas, que já eram usadas anteriormente pelos caminhoneiros, continua com o trafego liberado.”
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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