terça-feira, 30 de agosto de 2011

Professores da rede estadual fazem dia de paralisação.

Em passeata sob forte chuva em Curitiba, profissionais pedem adoção do piso salarial nacional, redução do número de alunos por turma e garantia da hora-atividade.

                                                                          Priscila Forone/Agência de Notícias Gazeta do Povo
              Priscila Forone/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Professores fizeram passeata o centro de Curitiba no fim da manhã desta terça-feira
                   Professores fizeram passeata o centro de Curitiba no fim da manhã desta terça-feira

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná paralisaram as atividades nesta terça-feira (30) e realizam manifestações em Curitiba e outras cidades do estado. Os profissionais reivindicam a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, um novo modelo de atenção à saúde, realização de novos concursos e auxílio transporte para todos os funcionários. Além disso, os professores cobram o cumprimento integral da lei, garantindo que um terço da jornada seja destinada para a hora atividade, que inclui o planejamento de aulas e correção de provas e trabalhos.

Na capital, cerca de duas mil pessoas estavam na concentração da manifestação na Praça Santos Andrade no início da manhã desta terça, segundo a Diretoria de Trânsito (Diretran). Sob forte chuva, os professores seguiram em passeata até o Centro Cívico. As ruas Ernani Santiago de Oliveira e a Jacy Loureiro de Campos chegaram a ficar bloqueadas durante a manifestação.

História
A data escolhida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) é simbólica e retoma os 23 anos do episódio em que os professores foram duramente reprimidos durante uma manifestação. Na época, a categoria estava em greve e exigia do governo, entre outras reivindicações, o reajuste salarial. Os profissionais que participaram de uma caminhada seguiram até o Centro Cívico, onde fica o Palácio de Governo, e foram reprimidos pela polícia, que contou com o auxílio da cavalaria e usou cacetetes e bombas de efeito moral para dispersar a manifestação.

Projeto
O governo do estado elaborou um anteprojeto de Lei Complementar para reajuste salarial dos professores da rede pública de ensino. Na proposta, que deve ser votada pela Assembleia Legislativa (Alep) nesta terça-feira, o poder público do Estado sugere um aumento de 5,83% nos vencimentos dos docentes, em duas parcelas.

Se a proposta for aprovada pelo legislativo, o governo do Estado fará o pagamento retroativo de 3% sobre o vencimento de julho no mês seguinte à aprovação. A segunda parcela será efetuada em outubro, com um aumento de 2,83% no salário.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

Nenhum comentário: