Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Movimento na XV terá reforço policial e atividades recreativas
Há pelo menos 10 anos, a convenção coletiva entre lojistas e funcionários de Curitiba prevê alguns domingos em que o comércio pode abrir as portas, com algumas condicionantes trabalhistas. É com base nessas datas – que no último acordo correspondem a 15 domingos – e na passagem de ônibus mais barata (R$ 1) que o comércio da Rua XV de Novembro quer começar a apostar suas fichas.
Segundo o coordenador do projeto Centro Vivo, da Associação Comercial do Paraná (ACP), e proprietário das lojas Scarpinni e Planeta Pé, Antônio Miguel Espolador Neto, o pedido partiu primeiro das grandes redes presentes no calçadão. “Nossa intenção é começar a criar um fluxo de pessoas no Centro também aos domingos. Algumas redes, como a Pernambucanas, já abriam aos domingos ou naqueles feriados com data comemorativa, mas tinham o movimento muito pequeno perto do obtido nos dias úteis”, descreve. O supervisor das Lojas Renner da Rua XV, Anaxandre Ise, diz que a unidade já abria aos domingos, mas com um movimento menor, de 30% de um dia normal. “Esperamos que, com a adesão do comércio em geral, isso vá mudando”, avalia.
Recreação
Para tentar chegar pelo menos perto das 140 mil pessoas que circulam pelo calçadão nos dias de semana, o Centro Vivo e o Sindicato dos Lojistas (Sindilojistas) vão contar com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude, que vai levar atividades recreativas, como brinquedos infláveis e jogos gigantes para as crianças, das 9 às 16 horas, como uma antecipação às comemorações do Dia dos Pais. A Guarda Municipal também informou que vai reforçar o efetivo no calçadão, com duas viaturas e seis guardas ao longo do dia.
Nem todos os comerciantes aderiram ao movimento do Centro Vivo – que, na verdade, já fez tentativas parecidas há cerca de cinco anos. Um deles é Ricardo Fallero, proprietário da Casa Cegonha, loja de roupas para bebê. Para ele, domingo é dia de descanso e o movimento não compensa a abertura da loja, ao menos com base em experiências anteriores. “Oito dos meus 11 funcionários têm filhos em idade escolar. Além de não ser justo privá-los do contato com a família nos domingos, não sei se teria como aplicar um rodízio, já que o funcionário que emenda o domingo trabalhado tem direito a uma folga na semana. Quem vai puxar o movimento mesmo são as grandes lojas”, diz. Outras ações estão programadas para o dia 9 de outubro, domingo que antecede o Dia das Crianças, e 18 de dezembro, domingo anterior ao Natal. “Talvez no Dia das Crianças, que tem a ver com o perfil da minha loja, eu participe”, pondera Fallero.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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