Avasir e Adão Camargo perderam o contato há dez anos e foram reassentados no mesmo conjunto habitacional, onde se reencontraram há poucas semanas.
Rafael Silva/COHAB/Divulgação
Os irmãos Avasir e Adão Camargo: reencontro após dez anos
Dois irmãos, que estavam há dez anos sem se ver, se reencontraram há poucas semanas, depois de descobrirem que estavam morando no mesmo conjunto habitacional em Curitiba. Os irmãos Avasir e Adão Camargo, de 68 e 64 anos, respectivamente, deixaram Agudos do Sul rumo a Curitiba quando eram muito jovens. Na capital, sempre moraram em ocupações irregulares, mas próximos, até que perderam o contato há dez anos.
Avasir, que é deficiente visual de nascença, morava na Vila Nova Barigui, no bairro CIC, com a esposa, filho e três netos. Já o irmão, Adão, vivia na Vila Nápoles, no Fazendinha, onde morava com a esposa, filha, genro e seis netos. Apesar de ficarem distantes, as duas vilas pertencem à bacia hidrográfica do Rio Barigui e estavam incluídas no mesmo projeto de reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco.
As famílias cadastradas pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) estão sendo reassentadas no Moradias Corbélia, um empreendimento de 555 unidades, localizado no bairro São Miguel. A família de Avasir recebeu a casa em março de 2010 e Adão se mudou para o conjunto no final de maio deste ano. Em junho, a enteada de Adão passeava pelo bairro para conhecer o local onde a mãe estava morando e avistou Avasir. Ela então levou o tio ao encontro do padrasto.
“Fiquei contente demais em encontrar meu irmão depois de tanto tempo”, disse Avasir, em entrevista à agência de notícias da prefeitura de Curitiba. Para o irmão Adão, o reencontro foi ótimo. “Ter a família por perto é o que todos querem. Agora im pode ajudar o outro no que precisar”, diz.
Conjunto
O Moradias Corbélia foi criado para receber famílias de 13 áreas de ocupação irregular da margem do Rio Barigui e faz parte de uma ação da Cohab e secretaria municipal de Meio Ambiente. Depois que todas as famílias forem retiradas dessa área, as margens do Rio Barigui serão recuperadas e, para impedir nvoas ocupações, o local ganhará ciclovias, canchas esportivas e equipamentos de recreação.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
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