Em tratamento desde o mês passado, o leão lutava para recuperar o movimento das patas. Usuários do Facebook se mobilizaram para ajudar a custear o tratamento.
Arquivo pessoal
Raquel Borges e o leão Ariel antes do acidente
O leão Ariel, de Maringá, que estava em tratamento para recuperar o movimento das patas, morreu nesta quarta-feira (27), em São Paulo. O drama do bicho, que estava tetraplégico e sofria de uma doença degenerativa, mobilizou usuários da rede social Facebook, que se uniram para ajudar no custeio do tratamento do felino.
A informação da morte de Ariel foi confirmada pela proprietária do animal, Raquel Borges. "No momento da morte, ele [Ariel] não estava sendo submetido a nenhum tratamento. Ele fez três sessões e faria a quarta", disse Raquel ao se referir a um tratamento parecido com uma hemodiálise pelo qual o animal passou nos últimos dias.
A causa da morte será investigada pela Universidade de São Paulo (USP), para onde o corpo do animal foi encaminhado. Raquel ainda não havia decidido, até esta quarta-feira (27), onde faria o enterro do bicho.
"Tenho outros animais em Maringá, e eu tenho que cuidar deles. De Ariel, vou lembrar do amor e o respeito pela vida. Era um animal selvagem que foi capaz de entender o ser humano. Ele veio para mudar a minha vida e a de milhares de pessoas. Veio para unir as pessoas e fazer com que acreditássemos no ser humano", diz Raquel.
Problemas começaram há um ano
Ariel se machucou em julho de 2010, em uma brincadeira no canil onde morava, em Maringá. O animal estava brincando com bexigas, no momento em que pulou e caiu e se machucou. A situação do leão piorou ainda naquele ano, quando os músculos das patas dianteiras começaram a se atrofiar, deixando o animal completamente dependente dos tratadores. Ele foi levado a São Paulo para se tratar.
O leão tinha 3 anos e vivia dentro da casa de Ary Marcos Borges da Silva e de sua esposa Raquel Borges, em um canil especializado no treinamento de cães policiais. O casal também convive com onze tigres.
Nas últimas semanas, um tratamento parecido com uma hemodiálise voltou a dar esperanças aos criadores e fãs do leão. Segundo a proprietária do leão, Raquel Borges, o tratamento, doado por um empresário de São Paulo, consistia na transfusão do sangue de Ariel, como se faz na hemodiálise.
A técnica, chamada de plasmaferese, consiste na separação do plasma sanguíneo de outros elementos do sangue, pelo processo de centrifugação. O processo é utilizado, geralmente, na remoção de anticorpos e complexos auto-imunes. O tratamento era realizado na casa da veterinária responsável pelo leão, em São Paulo, onde o animal estava hospedado.
Drama de Ariel repercutiu nas redes sociais
O drama em torno de Ariel ganhou repercussão na imprensa e nas redes sociais. No Facebook, uma corrente de solidariedade foi mobilizada em prol do animal. A página virtual "Ajuda ao Leão Ariel" tinha, até esta quarta-feira (27), cerca de 60 mil seguidores, que arrecadam fundos para custear as despesas no tratamento.
Por causa da repercussão, três médicas israelenses especialistas em leões vieram ao Brasil examinar o animal para tentar diagnosticar o problema. As despesas da viagem foram pagas pela modelo paranaense Graziela Barrette, que mora em Nova York, e por uma empresa de suco.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo/Jornal Gazeta Maringá
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